Agronegócio

Soja: confira o que pode mexer com o mercado na próxima semana

Entre os fatores que estão no radar dos players, destaque para o clima na América do Sul e também na demanda chinesa por soja

– Os players do mercado da soja permanecem com as atenções centralizadas no clima para o desenvolvimento da nova safra da América do Sul. Paralelamente, o mercado também acompanha os movimentos da demanda chinesa no mercado internacional. No lado financeiro, os mercados ficam atentos ao avanço da nova variante da Covid-19 e seus impactos sociais e econômicos ao redor do mundo.

– As condições climáticas continuam trazendo preocupações para o desenvolvimento das lavouras da nova safra brasileira de soja. Enquanto boa parte dos estados do Centro-Oeste, Sudeste, Norte e Nordeste recebem e devem continuar recebendo grandes precipitações nas próximas semanas, os estados do Sul continuam recebendo pouca ou nenhuma umidade desde o início de dezembro. Os mapas apontam para a manutenção desse quadro pelo menos até o final do ano, enquanto os mapas para janeiro também já indicam um quadro parecido. Chicago já encontra suporte neste panorama pouco favorável.

– De qualquer forma, ainda é cedo para trabalharmos com perdas amplas na safra brasileira. Se as condições mudarem nas próximas semanas, possíveis perdas podem ser minimizadas. Mas, se as previsões se confirmarem, teremos perdas importantes na safra brasileira, visto que dois dos três maiores estados produtores do país estão na Região Sul. Além disso, o excesso de umidade também pode trazer problemas para algumas lavouras das outras regiões, principalmente devido à baixa luminosidade.

– Na Argentina, não há registro de problemas relevantes até o momento, e os trabalhos de plantio evoluem de forma satisfatória. Apesar disso, os mapas apontam para uma umidade abaixo da média nos meses de janeiro, fevereiro e março nas principais províncias produtoras, o que também traz grandes preocupações. A safra sul-americana está sendo colocada em xeque, e Chicago irá responder diretamente a isso nas próximas semanas.

– No lado da demanda, novas venda de soja dos EUA para a China foram anunciadas nesta última semana, o que também é fator de suporte para Chicago. De qualquer forma, esperamos que estas vendas comecem a diminuir a partir de agora, visto que a nova safra brasileira começa a ser colhida a partir de janeiro, o que deve antecipar a migração da demanda chinesa para os portos brasileiros.