Agricultura

Custo de produção agropecuária recua no RS após sequências de altas

Segundo a Farsul os itens com maior queda em janeiro foram os fertilizantes, que registraram redução dos preços internacionais

Após 2021 ficar marcado como ano da safra mais cara da história, 2022 inicia com uma queda de 0,46% nos custos de produção na comparação entre janeiro e dezembro. É o que aponta o Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP), calculado pela Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).

Segundo a entidade, o movimento de retração está alinhado com a sazonalidade. Os itens com maior queda foram os fertilizantes, que registraram redução dos preços internacionais.

aplicação de defensivo na lavoura
Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT

Apesar da queda no primeiro mês do ano, o acumulado em 12 meses atingiu uma alta de 50,02%, bem acima do IPCA que ficou em 10,38%. A escassez de insumos agrícolas foi o que mais impactou para a valorização dos preços desses itens que tem grande influência no custo operacional total.

Já o Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) teve uma alta de 6,41% em janeiro. As principais elevações aconteceram nos sacos de milho e soja, reflexo da estiagem no desenvolvimento das lavouras.

No acumulado em 12 meses, o IIPR ficou em 8,37%, um pouco acima do IPCA Alimentos (8,04%). Este cenário não acontecia desde agosto de 2021 e comprova que o aumento dos preços nas gôndolas não está diretamente atrelado aos valores praticados no campo.

“Há uma série de processos entre as porteiras das propriedades rurais e as prateleiras dos supermercados que contribuíram para o aumento dos preços dos produtos alimentícios ao consumidor”, ressalta a Farsul.