Feiras e Eventos

Expointer projeta mais público e faturamento

Uma das principais feiras agropecuárias do país recebe os ajustes finais de montagem dos estandes e preparo dos animais

A 45ª edição da Expointer já começa a se desenhar no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). Equipes de montagem dos estandes, pintura, limpeza e manutenção trabalham intensamente para deixar tudo pronto para a abertura dos portões, que ocorre em 27 de agosto.

A feira, uma das mais importantes da América Latina, tem como destaque a exposição e julgamento de animais de várias raças, as máquinas e a agricultura familiar. Diferentemente de outras grandes, a Expointer não parou com a pandemia de covid-19.

Em 2020, a feira ocorreu de forma híbrida, com animais no parque e programação transmitida pela internet, bem como plataforma de venda de máquinas. Em 2021, a edição voltou presencialmente ao parque, mas com limite diário de público.

 A edição passada faturou R$ 1,6 bilhão e registrou público de 66,2 mil pessoas. O volume de negócios não alcançou o valor movimentado em 2019, ano da última edição da feira antes da pandemia, que somou R$ 2,6 bilhões. Na ocasião, o público foi de 420 mil pessoas.

Expectativas para a Expointer 2022

Expointer
Foto: Fernando Dias/SEAPDR

Para 2022 são esperados 6.378 animais, somando os de argola (que vão a julgamento) e os animais rústicos (cinco raças de bovinos; quatro raças de equinos de prova e duas de equinos de laço, além dos cavalos crioulos; feiras de chinchilas e de coelhos).

Os animais de argola representam 80% dos inscritos (5.093), e os rústicos, 20% (1.285). Este ano também participam 685 animais de argola de outros estados, como Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

No setor de máquinas, tradicionalmente o maior faturamento da Expointer, o Sindicato de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers) projeta vendas de R$ 3,5 a R$ 4 bilhões. No entanto, quem investir em uma máquina nova terá que esperar para receber, avisa a entidade.

“Esperamos bons negócios porque estamos no palco de lançamentos de tecnologias” — Cláudio Bier

“Hoje os produtores rurais já sabem que está demorando até a máquina ser produzida e entregue, pela dificuldade de peças e a alta demanda. Esperamos bons negócios porque estamos no palco de lançamentos de tecnologias e, mesmo com a estiagem, o produtor quer investir”, aponta o presidente da entidade, Cláudio Bier.