BOLETIM AGROEXPORT

Importação de fertilizantes deve ter recuo de 15% em relação a 2022

Giovani Ferreira, diretor de conteúdo do Canal Rural, explicou que a queda nos preços das commodities foi um dos fatores que segurou a demanda de importações

O quadro Agroexport desta terça-feira (23) trouxe como destaque o recuo nas importações de fertilizantes na parcial de janeiro a maio. Giovani Ferreira, diretor de conteúdo do Canal Rural, comentou sobre o histórico de importações brasileiros e as perspectivas para o mercado nos próximos meses.

“Em relação a 2021, a gente importou menos fertilizantes em 2022. Este ano começou com as importações menores, mas havia uma expectativa de que fosse retomado um patamar muito parecido com o do ano passado”, disse Ferreira. Segundo ele, a estimativa de alta se devia ao planejamento da safra 2023/2024 e à colheita de uma safra recorde. “Porém, houve um componente que a gente não contava, que é a queda no preço das commodities, que são a soja e o milho”, explicou.

Diante deste cenário, Ferreira apontou que a elevação nas importações de fertilizantes “terá que esperar”. “A importação continua travada”, afirmou ele.

Expectativas frustradas

Conforme o gráfico apresentado no Mercado & Companhia, até este momento, o Brasil importou 11,58 milhões de toneladas de fertilizantes, número que representa uma receita de US$ 5,10 milhões. “O Brasil deve fechar o mês [de maio] entre 13 e 13,5 milhões de toneladas importadas”.

Importação de fertilizantes deve ter recuo de 15% em relação a 2022

De acordo com levantamento apresentado por Giovani, na parcial de maio, o preço pago pela tonelada de fertilizante chegou a 440 dólares. “Só que essa expectativa pela retomada de exportações foi frustrada pela queda no preço das commodities”, reforçou ele. Desta forma, a demanda pelo produto não decolou.

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