Premiação quer dar mais visibilidade para conquistas das mulheres do campo mu Paste this at the end of the tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Diversos

Premiação quer dar mais visibilidade para conquistas das mulheres do campo

Prêmio 'Mulheres Rurais – Espanha Reconhece' vai destacar ainda soluções inovadoras empreendidas por elas para o bem-estar de suas famílias

Foi lançado nesta sexta-feira, 15, no Dia Internacional da Mulher Rural, o Prêmio Mulheres Rurais – Espanha Reconhece, que pretende aumentar a visibilidade e conquistas das mulheres rurais (agricultoras, pescadoras, apicultoras, extrativistas, etc.) e a soluções inovadoras empreendidas por elas para o bem-estar de suas famílias, organizações e comunidades.

A premiação é uma iniciativa do escritório de agricultura, pesca e alimentação da Embaixada da Espanha no Brasil, desenvolvidas em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a ONU Mulheres, com apoio do Ministério da Agricultura (Mapa), da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OIE), do Serviço Social do Comércio (Sesc) e da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (ASBRAER).

As inscrições estão abertas a partir de hoje, 15, e se estendem até o dia 30 de dezembro de 2021. Podem se inscrever iniciativas de coletivos de mulheres de qualquer lugar do Brasil que promovam a autonomia econômica das mulheres rurais. Serão classificados e premiados três projetos de dez iniciativas finalistas. Mais informações estão disponíveis no site da premiação.

Segundo dados apresentados pelo IICA, as mulheres produzem a metade dos alimentos no mundo, entretanto possuem menos de 15% das terras em todo o mundo. Elas representam 43% da mão-de-obra agrícola no mundo, com uma grande diversidade, incluindo indígenas, afrodescendentes, quilombolas, camponesas, pescadoras, artesãs, migrantes, jovens, adultas, idosas, empreendedoras, dentre outras.

O objetivo dos realizadores da premiação é chamar a atenção para a importância de promover a igualdade de gênero na ruralidade, aumentar a visibilidade da mulher rural e reconhecer a sua importância e diversidade para o desenvolvimento econômico, social e cultural e para o bem-estar no campo e garantia da segurança alimentar e nutricional.

“Eu que sou produtora rural sei o quanto temos que nos empenhar. Além de cuidar de nossas famílias, casa e filhos, cuidamos também da produção de alimentos, fibras e energia, gerando emprego e renda”, disse a ministra Tereza Cristina, que participou no evento de lançamento, ao agradecer às instituições organizadoras do concurso. “Sem dúvida as mulheres no campo têm um papel fundamental para reduzir a pobreza e a insegurança alimentar e nutricional, como hoje aqui reconhecemos”, acrescentou.

“Com essa premiação, queremos reconhecer e incentivar a autonomia econômica das mulheres rurais a partir de iniciativas que fortaleçam os sistemas alimentares locais e que contribuam para a geração de renda, cuidado com a preservação ambiental, da biodiversidade e incentivar o desenvolvimento rural sustentável”, afirmou o embaixador da Espanha no Brasil, Fernando Garcia Casas.

“As mulheres agricultoras são tão produtivas e empreendedoras quanto os homens, mas nem sempre conseguem obter preços comparativos para as suas culturas e acesso a terra, insumos agrícolas e mercados”, destacou Anastasia Divinskaya, representante no Brasil da ONU Mulheres.

Em sua apresentação Voz das Mulheres Rurais – Importância do seu Protagonismo e Visibilização para a Agricultura Brasileira, Vânia Lúcia Pereira da Silva, do Café Feminino, Agricultura Orgânica e também presidente da Cooperativa dos Agricultores Familiares do Poço Fundo e Região (Coopfam) disse que “sua missão é inspirar outras mulheres a buscarem seus espaços dentro de fora de suas propriedades rurais”, ao relatar a sua própria experiência como produtora rural.

“Vivemos um ciclo de profundas transformações em nossa sociedade com a mulher como agente de mudança, o que é cada vez mais evidente. A autonomia econômica e políticas das mulheres rurais é essencial para garantir a segurança alimentar e nutricional, mas elas precisam aumentar a sua participação nos espaços decisórios, com acesso a crédito, terra, saúde, educação, mercado, conectividade rural, tecnologia e dignidade para transformar e construir, neste pós-pandemia, uma ruralidade diferente”, encerrou Gabriel Delgado, representante do IICA no Brasil, que moderou o evento de lançamento do Prêmio.

 

Sair da versão mobile