Pescadores bloqueavam o complexo portuário desde a manhã de segunda-feira, dia 5, em protesto contra a chamada “Lista Vermelha”, uma medida do governo federal que impede a pesca de centenas de espécies ameaçadas de extinção, muitas delas consideradas comerciais.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), Fernando das Neves, a manifestação foi suspensa na tarde desta terça, graças a um acordo com o Ministério dos Portos para reavaliar a lista.
Na próxima segunda-feira, dia 12, o presidente do sindicato, Giovani Monteiro, terá uma audiência em Brasília para pleitear a retirada da listagem de espécies como garoupa e namorado, peixes importantes no litoral catarinense.
Notícias Relacionadas
Para o presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Pesca da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Dario Luiz Vitali, 60 mil famílias vivem da pesca em Itajaí e todos têm carteira assinada. Ele afirma que a portaria do governo, se mantida com o atual conteúdo, irá levar o setor à falência.
Protesto
A delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí enviou duas lanchas para liberar o canal e manter as balsas operando, de acordo com informações publicadas no site do jornal O Sol Diário.
O capitão de fragata responsável pela delegacia, José Sávio Feres Rodrigues, teria informado que a Polícia Militar também acompanhou as embarcações da Capitania para evitar que os pescadores bloqueassem o canal.
Conforme O Sol Diário, os barcos envolvidos serão notificados por interromper o tráfego de embarcações no local. A multa varia de R$ 40 a R$ 1.600.
Polo de exportação
O porto de Itajaí, que inclui o terminal privado Portonave, que fica ao lado, no município de Navegantes, é um importante polo de exportação de carnes de suínos e aves.
Além dos navios de carga, um transatlântico com passageiros ficou atracado no porto, sem poder movimentar-se. Um navio de serviço que atende plataformas da Petrobras também foi impedido de entrar no local.
A administração do porto de Itajaí e a Portonave ainda não estimou o volume de mercadorias que deixou de ser movimentado neste período.
