Brasília

Embrapa divulga resultado da 6ª Prova Brasileira de Produção de Leite a Pasto do Zebu Leiteiro

Com duração de 13 meses, a prova identifica as melhores novilhas das raças zebuínas leiteiras

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Cerrados) divulgou na última semana o resultado da 6ª Prova Brasileira de Produção de Leite a Pasto do Zebu Leiteiro. O evento foi realizado no Parque de Exposições da Granja do Torto, em Brasília (DF).

Foram premiadas as novilhas Gir Leiteiro que se destacaram nesse teste zootécnico realizado no Centro de Tecnologia para Raças Zebuínas Leiteiras (CTZL). A prova de leite a pasto é uma parceria da Embrapa Cerrados com a Associação de Criadores de Zebu do Planalto (ACZP).

Prova

Com duração de 13 meses, sendo dois de adaptação e 11 de avaliação, a prova identifica as melhores novilhas das raças zebuínas leiteiras participantes e seus cruzamentos, que, em 305 dias de lactação em pasto rotacionado com suplementação, se destacaram nos atributos maior produção de leite, maior teor de gordura e proteína no leite, menor contagem de células somáticas no leite, menor idade ao parto, menor intervalo entre o parto e a concepção e maior persistência de lactação.

“Esses atributos compuseram o índice fenotípico geral usado para classificar e premiar as novilhas”, explicou o pesquisador Carlos Frederico Martins, um dos coordenadores da Prova.

Nesta edição, participaram 15 novilhas da raça Gir Leiteiro de sete criadores do Brasil Central, e 10 delas concluíram o teste. Os animais pariram de 29 de dezembro de 2020 a 28 de fevereiro de 2021 e foram avaliados entre janeiro de 2021 e janeiro de 2022.

O objetivo da prova é selecionar as melhores novilhas da raça Gir Leiteiro por meio da mensuração desses parâmetros econômicos para a produção de leite em condição de pastagem no bioma Cerrado.

De acordo com o pesquisador, essa é a única prova brasileira de avaliação da lactação completa de novilhas zebuínas a pasto. O teste ocorreu nas condições climáticas da região de Brasília, sem que os animais recebessem estímulo hormonal para produção ou ejeção do leite.

“Não olhamos a marca do criador, apenas medimos e analisamos os resultados. Trata-se de uma mensuração do processo de lactação. É uma forma científica de selecionarmos animais com potencial genético para produção de leite nas condições de pasto”, enfatizou o especialista da Embrapa.

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Produção de leite a pasto no Brasil

Para o chefe-geral da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro, a produção de leite a pasto no Brasil deve ser incentivada e estudada. “A saída para esse setor é a sustentabilidade. E a sustentabilidade na produção de leite está alinhada com os demais processos de produção agropecuária do Cerrado. Esses resultados vão nortear outros trabalhos e serão alicerces para a pesquisa e para o desenvolvimento da produção de leite a pasto sustentável no Brasil”, afirmou.

“Há muito tempo tínhamos essa ideia de começar a analisar as fêmeas zebuínas leiteiras numa condição que traduzisse a realidade da produção leiteira nos trópicos. Foi assim que surgiu essa prova”, contou Marcelo Toledo, superintendente técnico da ACZP.

Segundo ele, a prova de produção de leite a pasto cumpre o papel de mostrar como deve ser direcionado um sistema de produção para que seja viável e traduza a realidade da produção leiteira do País.

No momento, está em andamento a 7ª prova. As inscrições para a 8ª prova estão abertas desde junho e a entrada dos animais no CTZL está prevista para ocorrer no período de 4 a 8 de outubro.

Foto: Embrapa/divulgação

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