Brasília

Transição: GT da Pesca entrega nesta quarta (30) relatório sobre o setor

Coordenador do grupo, Altemir Gregolin, aponta como ponto crítico o baixo orçamento e a pequena estrutura do Mapa para atender o setor

Nesta quarta-feira (30), os integrantes do Grupo Técnico da Pesca vão entregar ao vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, um relatório com os pontos críticos identificados pela equipe de transição no setor da aquicultura brasileira.

O ex-ministro e coordenador do GT, Altemir Gregolin, aponta como os principais entraves o baixo orçamento e a pequena estrutura do Ministério da Agricultura para atender o setor. “Nós estamos propondo, de imediato, para o próximo ano, um ajuste e elevar esse orçamento. Hoje tem um orçamento de 19 milhões de reais no ministério, nós chegamos em 2015 com 300 milhões de reais quando existia o ministério, então há uma redução drástica e é um orçamento insuficiente para prestar os serviços básicos e fazer os investimentos necessários no setor”, afirmou.

Na avaliação de Gregolin, com mais recursos e estrutura, será possível alavancar a produção aquícola e pesqueira no Brasil, reduzindo a dependência do país das importações de pescado. “Com essa riqueza que nós temos de recursos naturais, de espécies, e de matéria-prima para ração, como milho e soja. o brasil têm todas as condições de ser um grande produtor mundial de pescado”, destacou.  

Recriação do Ministério da Pesca

Durante a campanha eleitoral, Lula defendeu a recriação do Ministério da Pesca. Na mesma linha, o coordenador do GT se manifestou em defesa da transformação da Secretaria da Pesca e Aquicultura do Ministério da Agricultura em um novo ministério, visando garantir o fim da instabilidade institucional no setor.

Para Gregolin, investir na produção de pescado é estratégico para o Brasil, para melhoria da renda e a promoção da segurança alimentar de milhares de famílias de pescadores, bem como, gerar oportunidades de trabalho, emprego e renda para milhares de pequenos e médios aquicultores. 

“Uma instituição com poder e autoridade para fazer a interlocução dentro e fora do governo, formular políticas públicas e fazer, do ponto de vista econômico, mais de 300 mil aquicultores, 1 milhão de famílias de pescadores e 10 mil trabalhadores na indústria, protagonistas do fortalecimento de uma cadeia produtiva que já é destaque no país”, pontua.