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Volta da helicoverpa ameaça safra de soja em Mato Grosso

Lagarta apareceu no início do ciclo causando apreensão entre os produtores de soja

Volta da helicoverpa ameaça safra de soja em Mato Grosso

O início da safra de soja reservou uma surpresa que os produtores de Mato Grosso não esperavam. O reaparecimento da lagarta Helicoverpa armigera deixou o setor em alerta no começo da safra. E é fácil entender os motivos. Controlada com dificuldade nos últimos anos, após muita pesquisa, e uma mobilização poucas vezes vista no meio agrícola, a praga causou prejuízos bilionários ao setor quando apareceu entre os anos de 2013 e 2014.

Inimiga número um

Inicialmente confundida com a lagarta da maçã, a helicoverpa aos poucos foi se multiplicando e tomando conta das plantações de algodão do oeste baiano. Quando os produtores e engenheiros agrônomos se deram conta, já era tarde, os prejuízos atingiam quase R$ 2 bilhões.

Não precisou muito tempo para a lagarta se espalhar para outros estados e virar um pesadelo em praticamente todas as culturas, principalmente soja, milho e algodão.

Considerada uma das principais pragas polífagas do mundo, no Brasil até então era desconhecida e causou pavor no meio agrícola, diminuindo a rentabilidade e sendo eleita, naquele momento, a principal inimiga do campo.

Mobilização

Alguns estados conseguiram a liberação emergencial para utilizar o benzoato de emamectina, produto até então de uso proibido no Brasil e com grande eficácia no controle da helicoverpa. Nesse período, motivado pela necessidade, o setor se uniu no sentido de sensibilizar as autoridades a aprovar um defensivo que finalmente estivesse ao alcance dos produtores, e que fosse eficiente no combate à helicoverpa.

O fim da espera

No final de 2017, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aprovaram o primeiro inseticida do mercado brasileiro eficaz no controle dessas lagartas, pragas que podem causar perdas superiores a 50% na produtividade das lavouras.

A volta da praga em 2019

A helicoverpa voltou a aparecer no estágio vegetativo da soja em várias regiões de Mato Grosso. Em alguns casos, as infestações são mais preocupantes. A orientação, segundo Vinicius Zardo, gerente de produto da linha de inseticidas da Syngenta, é para os produtores redobrarem o monitoramento nas propriedades.

Uso do inseticida

Em caso de necessidade comprovada pela orientação técnica, o inseticida deve ser utilizado imediatamente. “Não pode haver demora e o controle deve ser feito com um produto de rápida penetração no tecido foliar. Após a ingestão pela lagarta, ele bloqueia a alimentação da praga. Se essa ação não for realizada no momento correto, a produtividade da safra pode ser seriamente comprometida”, alerta Zardo.

Diferentemente de quando surgiu em 2013, agora os produtores rurais têm, ao alcance da mão, os meios ideais para controlar a helicoverpa. Basta a orientação técnica adequada e o uso preciso do inseticida correto.

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