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Analistas divergem sobre aumento de oferta da Bayer pela Monsanto

O mercado está aguardando com atenção a movimentação da Bayer, que já teve proposta de US$ 62 bilhões recusada

Fonte: Bayer AG/divulgação

A Bayer deverá aumentar sua oferta pela Monsanto, avalia o analista Peter Spengler, do DZ Bank. “Um aumento em torno de 5%, para US$ 129 por ação, é aceitável”, afirma. “Como as sinergias não foram especificadas, é difícil calcular se um aumento de 10% na oferta ainda geraria valor daqui três anos.”

O analista considera positiva a postura da Monsanto após a primeira abordagem. Ainda que a proposta tenha sido considerada baixa, a empresa norte-americana entendeu as razões da proposta, permanecendo aberta para negociar. O DZ Bank reiterou a recomendação de compra para as ações da companhia alemã.

Um trader europeu, por outro lado, apontou que a Monsanto pode não ter tanto espaço para negociar um aumento da oferta, diante do impasse em torno da liberação do uso do glifosato na União Europeia (UE). O glifosato é o ingrediente principal do herbicida Roundup, da Monsanto, e uma reprovação pela Comissão da União Europeia pode gerar grandes repercussões na receita da empresa.

O Commerzbank, por sua vez, elevou de ‘neutro’ para ‘compra’ sua recomendação para os papéis da Bayer, afirmando gostar da estratégia apresentada. Se a operação se confirmar, seria criada a maior empresa de sementes e defensivos do mundo. “Não estamos necessariamente convencidos sobre a transição do setor de saúde para agronegócio, mas percebemos o potencial do setor agrícola”, afirma o banco, que indica uma chance de 60% de o negócio ocorrer. O Commerzbank ainda aponta que há uma chance 20% de a Bayer fazer uma abordagem mais hostil e aumentar o prêmio oferecido.

Uma eventual confirmação do acordo pode representar a etapa final de uma rodada de consolidação do setor de agroquímicos, que já teve a fusão entre as norte-americanas Dow e DuPont, além da aquisição da suíça Syngenta pela estatal chinesa ChemChina.
O movimento de consolidação foi motivado pela queda contínua dos preços agrícolas nos últimos três anos, que tem pressionado as empresas do setor. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos projetou que a renda dos produtores norte-americanos neste ano será a menor desde 2002. 

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