Agricultura

Auditores fiscais federais agropecuários retomam operação-padrão na próxima 2ª

Categoria reivindica reposição das perdas salariais e realização de concurso público para contratação de 1.620 profissionais

Os auditores fiscais federais agropecuários marcaram para a próxima segunda-feira (2) a retomada da operação-padrão, data escolhida pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) para convocar Assembleia Geral Nacional Extraordinária da categoria.

Durante o movimento, os servidores irão restringir as atividades ao cumprimento dos prazos legais, priorizando a liberação de cargas vivas e perecíveis, a fiscalização de bagagens de passageiros e de animais de companhia (pets) sem a realização de horas extras, de acordo com o sindicato.

auditores fiscais federais agropecuários
Foto: Anffa Sindical

A decisão pela mobilização ocorreu após agenda nesta semana com o ministro da Agricultura, Marcos Montes. “Demos uma trégua para a chegada do novo ministro, mas já é hora de mostrar que a categoria está mobilizada diante da não sinalização de atendimento dos nossos pleitos. A pauta principal é a reestruturação da carreira”, declara Soraya Elias Marredo, delegada do Anffa Sindical no Rio Grande do Sul.

Segundo o sindicato, a mobilização também não atingirá o diagnóstico de doenças e pragas, evitando comprometer programas de erradicação e controle de doenças importantes para o Brasil. Como exemplo, é citado o controle à febre aftosa, à peste suína africana (PSA) e de pragas que poderiam colocar em risco políticas sanitárias do setor agropecuário.

Reivindicações dos auditores fiscais

A categoria reivindica a reposição de perdas da inflação e defasagem salarial de mais de cinco anos. Também requer a realização de concurso público para a contratação de 1.620 profissionais.

O Anffa Sindical informa que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem hoje cerca de 2,5 mil auditores fiscais agropecuários, enquanto que o contingente de cerca de 20 anos atrás era de 4 mil pessoas. A avaliação do sindicato é de que o reajuste de 5%, anunciado pelo governo federal, não repõe a defasagem salarial da carreira.