REUNIÃO

Brasil e Bolívia discutem investimentos em fertilizantes

Ministros dos dois países se reuniram em Brasília para discutir projetos de plantas industriais para produção de ureia e cloreto de potássio

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Foto: Divulgação/Mapa

Fertilizantes foi o tema do encontro entre o ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, e os ministros de Hidrocarbonetos e Energia e do Desenvolvimento Rural e Terras da Bolívia, Franklin Molina Ortiz e Remy Gonzalez.

Nesta terça-feira (3), em Brasília, eles discutiram investimentos em novas plantas industriais para produção de ureia, localizada entre Corumbá (BR) e Puerto Quijarro (BO), e cloreto de potássio, em Coipasa (BO).

“São pautas importantes para nossa relação comercial e de nossos interesses brasileiros e bolivianos para o desenvolvimento econômico”, destacou Fávaro.

Segundo o secretário-executivo do Mapa, Irajá Lacerda, a Bolívia é uma aliada para que o Brasil se torne autossuficiente na produção de fertilizantes. “Nós vamos avançar muito com a parceria com a Bolívia, pois ela tem matéria-prima para a produção de fertilizantes. Com essa cooperação, vamos implementar indústrias de fertilizantes tanto no país andino quanto no Brasil para diminuir a dependência externa do nosso país fertilizante, que hoje é quase 90%”, destacou.

O uso de fertilizantes é fundamental ao agronegócio brasileiro, sendo que o principal nutriente aplicado no Brasil é potássio, seguido por fósforo e nitrogênio.

O cloreto de potássio, também conhecido como KCl, é muito utilizado no manejo agrícola brasileiro para aumentar a produtividade no campo.

De janeiro a agosto deste ano, o Brasil importou 8,7 milhões de toneladas de cloreto de potássio.

Já a ureia é o fertilizante mais utilizado na agricultura mundial como fonte de nitrogênio.

No Brasil, a substância é bastante utilizada nas plantações de culturas como arroz, milho, trigo e cana-de-açúcar, entre outras, para adubar o solo e propiciar maior eficiência no plantio.

Só este ano, 3,9 milhões de toneladas foram importados.

Segurança alimentar e troca de tecnologia

Durante a reunião, foram apresentados tópicos estratégicos para a segurança alimentar da América do Sul e dos dois países, principalmente, com acordos para a troca tecnológica, por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, disse que a instituição está à disposição para a troca de conhecimentos e informações. “A Embrapa está pronta para essa parceria Brasil-Bolívia, onde temos experiências nessa área de fertilizantes e que podemos fazer essas transferências de tecnologias e inovações”.