Brasil foi o país que mais abriu mercado em 2018, diz OMC Paste this at the end of the tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Diversos

Brasil foi o país que mais abriu mercado em 2018, diz OMC

No total, o governo de Michel Temer adotou 16 medidas para facilitar as vendas

Aperto de mãos
Foto: Pixabay

O Brasil foi o país que adotou mais medidas para abrir seu mercado a produtos estrangeiros, entre outubro de 2017 e outubro de 2018. Os dados foram publicados na terça-feira, 11, pela Organização Mundial do Comércio (OMC), que destaca uma proliferação do protecionismo pelo mundo e alerta os países para que tomem iniciativas para “desescalar” a tensão.

No total, o governo de Michel Temer adotou 16 medidas para facilitar o comércio, incluindo reduções de tarifas de importação, suspensão de certas barreiras e incentivos para exportadores. Alguns impostos de importação foram eliminados, como no caso de vacinas e outros remédios. Produtos químicos, bens de capital e outros setores também foram beneficiados.

A OMC revelou também que uma de cada dez medidas para facilitar o comércio no mundo em 2018 foi adotada pelo governo brasileiro. A constatação é uma reviravolta profunda em comparação às conclusões que o órgão internacional tirava sobre o comportamento do Brasil até 2014, quando o país liderava entre os governos que mais medidas protecionistas adotavam.

No período avaliado, o Canadá adotou apenas uma medida para facilitar o comércio. Na União Europeia, também houve apenas uma iniciativa, contra seis na China. Nos Estados Unidos, foram duas medidas de abertura em todo o ano.

Medidas antidumping

No mesmo período avaliado, o governo brasileiro iniciou apenas nove investigações antidumping, contra 12 no ano anterior e 15 em 2016. A taxa brasileira, porém, ficou distante das mais de 40 medidas antidumping iniciadas pelos americanos em 2018.

No Brasil, o governo ainda impôs dez taxas antidumping, também no mesmo período entre 2017 e 2018. O número foi inferior às 14 medidas adotadas no ano passado. A liderança, nesse caso, é da Índia, com 43 medidas. Outras 34 foram implementadas pelo governo de Donald Trump.

Mas o comportamento do governo brasileiro destoa de uma tendência mundial, com a aceleração de medidas protecionistas e a guerra comercial entre EUA e China. Ao apresentar seu informe aos países em Genebra, o diretor-geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo, indicou que há um “aumento significativo” da cobertura do comércio mundial afetado por barreiras.

O documento é o primeiro levantamento completo das medidas adotadas no mundo diante da atual tensão entre potências. “A proliferação de medidas restritivas e as incertezas criadas por tais ações poderia ameaçar a recuperação econômica”, afirmou Azevêdo. “Peço a todos os membros que usem todos os meios de que dispõem para desescalar essa situação”, pediu o brasileiro.

Logística e comércio internacional são principais desafios de Bolsonaro, diz Abag

Sair da versão mobile