Brasil perde US$ 30 bilhões por causa de barreiras comerciais

Dos 20 entraves detectados pela Confederação Nacional da Indústria, 17 vêm do G-20, que reúne as maiores economias do mundo

dólar
Foto: Pixabay

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) identificou pelo menos 20 barreiras comerciais a produtos brasileiros, provenientes do agronegócio e de outros setores, que, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), fizeram o país perder mais de US$ 30 bilhões em exportações. Países do G-20, grupo que reúne as maiores economias do mundo, dominam a lista, com 17 barreiras.

Na lista de vetados pela União Europeia, por exemplo, está o pão de queijo. A região proíbe a entrada de produtos com mais de 50% de lácteos em sua composição, mas o pão de queijo nacional tem apenas 20% do derivado do leite. Já os EUA estabelecem cotas para lácteos brasileiros. O suco de laranja paga 7,5% se entrar na China com temperatura abaixo de 18ºC. Se estiver mais alta, o imposto vai a 30%.

Produtos agro: quem bloqueia o quê?

Tentativa de reação

Diante deste cenário mundial de protecionismo, a indústria brasileira lançou nesta segunda, dia 6, a Coalização Empresarial para Facilitação de Comércio e Barreiras (CFB). O grupo coordenado pela CNI tem, entre seus objetivos, reduzir barreiras que prejudicam as exportações locais.

“O foco da coalizão será atuar de forma proativa para derrubar barreiras que impedem nosso acesso a mercados no exterior”, diz Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), que também vai presidir a CFB.

O diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, diz que a ideia é “trabalhar a competitividade tanto da porta para dentro do Brasil, com a facilitação do comércio, quanto para fora, com a eliminação de barreiras”.

Participam do lançamento da CFB o ministro da Indústria, Marcos Jorge, e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, entre outros.