SAÚDE PÚBLICA

Carrapato-estrela: novo método de combate pode ser aprovado para proteger a população

Entre 2007 e 2023, dados da Secretaria de Saúde de São Paulo mostram que ocorreram 1.221 casos de febre maculosa brasileira, com 657 óbitos no estado

Entre 2007 e 2023, dados da Secretaria de Saúde mostram que ocorreram 1.221 casos de febre maculosa brasileira, com 657 óbitos no estado de São Paulo. O recente registro de quatro mortes causadas pela febre maculosa no estado levanta um sinal de alerta sobre a proliferação do carrapato-estrela, transmissor da bactéria causadora da doença. Diante disso, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado busca a aprovação de um fungo para combater o carrapato em grandes áreas públicas.

Marcos Renato Böttcher, secretário executivo de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, destaca a preocupação em encontrar soluções para o controle do carrapato-estrela, cujo hospedeiro principal é a capivara. A capivara, como espécie da fauna brasileira, não pode ser caçada, e sua população aumenta rapidamente, tornando a questão ainda mais complexa.

A metodologia de aplicação é simples e envolve a pulverização do fungo em áreas de pastagens e gramados, uma vez a cada 30 dias, no período das chuvas, de outubro a fevereiro ou março. Essa abordagem tem apresentado resultados satisfatórios em estudos e poderia reduzir a necessidade de uso de agentes químicos que podem poluir e degradar o meio ambiente.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento aguarda a aprovação dos órgãos federais para o uso específico do fungo no combate ao carrapato-estrela. A expectativa é que essa medida traga benefícios significativos no controle da proliferação desse vetor e ajude a prevenir a disseminação da febre maculosa.

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