Você já ouviu falar no Bayer Forward Farming? Essa é uma iniciativa criada pela multinacional voltada para o desenvolvimento de um agronegócio cada vez mais sustentável. O projeto já existe em mais de 30 fazendas no mundo todo e uma delas fica aqui no Brasil, na cidade de Água Fria, em Goiás.
A fazenda Nossa Senhora Aparecida, da família Fiorese, foi a escolhida para sediar o projeto e os proprietários já comemoram os primeiros resultados positivos. Inaugurada em 2017, a etapa brasileira do projeto é baseada em três pilares de sustentabilidade, de acordo com a diretora de políticas agrícolas e relacionamento com stakeholders da Bayer, Alessandra Fajardo.
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“São três frentes que tentamos desenvolver. O primeira é a econômica, de rentabilidade ao agricultor, depois vem o social, para as pessoas que vivem dentro e no entorno da propriedade e, por último, temos o pilar ambiental, que vai muito além do respeito ao código florestal”, contou.
Como funciona o projeto?
Criado pela Bayer para ser trabalhado no mundo todo, o Forward Farming funciona em cima de soluções integradas. Segundo Alessandra, é feita uma uma transferência de tecnologia ao produtor, com o uso correto e seguro dos produtos.
“Entendemos também que é preciso trazer outros parceiros para tornar o projeto sustentável como um todo. Nós, da Bayer, não temos todas as informações para isso e por isso trazemos parceiros que podem contribuir com o projeto e com o produtor”, completou.
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Na propriedade, agricultores e especialistas da Bayer trabalham lado a lado pelo projeto. Elder Diniz, consultor de desenvolvimento de mercado da empresa, explica como funciona na prática.
“Se pensarmos no sistema produtivo, a sustentabilidade faz parte de um processo longo. Temos que entender o que a planta precisa em cada fase da cultura. Com isso, podemos fornecer um ambiente favorável para o desenvolvimento, pensando na lucratividade e aproveitamento da área, o que acaba aumentando o potencial produtivo”, disse.
Diniz enfatiza que os especialistas olham a planta como um todo, não se limitando apenas à parte visível dela. “Dentro de um ambiente de produção para um alto potencial, nós temos quatro fundamentos básicos: clima, solo, planta e manejo. São fundamentos que levamos em consideração para aumentar o potencial produtivo.”
Com a expertise da Bayer na área de fitossanitários, os participantes do projeto conseguem evitar com maior eficiência a competição na lavoura, seja com praga ou plantas daninhas.
Família engajada
O proprietário da empresa é o produtor rural Oli Fiorese, mas parte da administração é dividida com os filhos. Segundo ele, essa nova maneira de ver a agricultura trouxe o filho mais novo, que fez agronomia, de volta para a fazenda e o filho mais velho, advogado, para cuidar dos processos burocráticos da propriedade.
Com tradição na produção de grãos, os Fiorese dizem ter realizado uma meta ao trabalhar com o que de há de melhor na tecnologia de produção. “Era um sonho que tínhamos, de ter algo mais palpável em tudo o que se fala em tecnologia na agricultura. A partir do momento que o projeto entrou, mudamos a gestão do negócio, a conscientização da maneira de tratar cada operação que se faz na fazenda, o cuidado com o meio ambiente e o treinamento mais contínuo e regular dos funcionários, que são nossos parceiro, sem os quais não fazemos nada. Além disso, há uma satisfação de ter um local de trabalho inteiramente apta para aquilo que o mercado exige”, contou Oli.
O produtor rural faz diz que investir na sustentabilidade é uma estratégia que tem que ser tomada o quanto antes. “Há uma cobrança do mercado mundial para esse tipo de produção. Quanto mais cedo investir nas melhores práticas de manejo, cultivo e cuidado com o solo, mais rapidamente haverá o reconhecimento”, completou.
Para o filho mais novo, Kaio, a especialização em agronomia o ajuda a participar desse processo de inovação e a entender a importância do projeto. Na prática, temos a sustentabilidade tanto das aplicações como das boas práticas da equipe que trabalha na fazenda, no controle de erosões e aplicação mais direcionada, voltadas apenas aos locais infestados com pragas e insetos”, argumentou.
O filho mais velho, Henrique Fiorese, formado em direito, virou especialista em questões ambientais, trabalhistas e gerenciamento da fazenda. “Em março deste ano, recebemos a certificação internacional que nos rendeu um desafio de mais de um ano. Tivemos que fazer um diagnóstico ambiental, trabalhista e estrutural para podermos nos adequar aos padrões internacionais, mas foi proveitoso, pois facilita a forma de trabalhar de maneira mais consciente e tranquila, sabendo que estamos contribuindo com as pessoas e o meio ambiente”, concluiu.
