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Em queda de 0,41%, dólar fecha no menor valor em dois meses

O dólar foi influenciado pelo desempenho positivo das principais moedas de países emergentes e entrada de recursos estrangeiros

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Foto: Pixabay

O dólar comercial fechou em queda de 0,41% no mercado à vista, cotado a R$ 5,3140 para venda, renovando o menor valor de fechamento desde 17 de setembro (quando encerrou a R$ 5,2320), influenciado pelo desempenho positivo das principais moedas de países emergentes, enquanto mais um fluxo de entrada de recursos estrangeiros corroborou para a queda da moeda.

O diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, destaca o viés de volátil e de amplitude da moeda ao longo da sessão, que operou em alta em boa parte da primeira parte dos negócios. “Acompanhou o mau humor dos investidores com o crescimento dos casos de covid-19 na Europa e nos Estados Unidos”, comenta.

No início da tarde, porém, a moeda inverteu sinal após forte oscilação, renovando mínimas sucessivas a R$ 5,30, em meio ao “forte fluxo de entrada de recursos de investidores estrangeiros rumo a B3”, ressalta o profissional da Correparti, acrescentado que ao longo da sessão, o dólar exibiu poucas oscilações em comportamento “lateral” seguindo as principais divisas de países emergentes.

O peso mexicano e a lira turca se valorizaram em mais de 1% e ao redor de 2%, respectivamente, ante o dólar. A moeda turca reagiu à decisão do Banco Central da Turquia que elevou a taxa referencial de juros de 10,25% para 15%, diante a forte desvalorização da divisa.

Nesta sexta, 19, em meio à agenda de indicadores esvaziada, o economista da Guide Investimentos, Alejandro Ortiz, acredita que pode haver um reajuste diante as quedas recentes da moeda, mas chama a atenção para o atual nível. “Esse patamar de R$ 5,30 não é sustentável visto que a classe política, seja o legislativo ou o executivo, não deu nenhuma sinalização de mudança quanto ao cenário fiscal”, avalia.