GANHOS TRÊS VEZES MAIORES

Estudo da Embrapa aponta antecipação de puberdade sexual em novilhas com ajuste energético

Pesquisa revela que dieta energética acelera puberdade em novilhas Nelore, aumentando rentabilidade da pecuária.

Pesquisa da Embrapa e UnB mostra como o ajuste nutricional antecipa a puberdade em novilhas. Foto: Divulgação.
Pesquisa da Embrapa e UnB mostra como o ajuste nutricional antecipa a puberdade em novilhas. Foto: Divulgação.

Um estudo da Embrapa Cerrados, em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), revelou um caminho promissor para o melhoramento genético e a rentabilidade da pecuária nacional. A pesquisa demonstrou que planos alimentares de alta densidade energética em curto prazo são eficazes para antecipar a puberdade sexual em novilhas, especialmente da raça Nelore.

O resultado foi um ganho financeiro de quase três vezes maior em relação à dieta convencional. Em entrevista ao Giro do Boi, o médico veterinário e pesquisador da Embrapa Cerrados, Carlos Frederico Martins, afirmou que a estratégia visa otimizar a reprodução em animais jovens, que ainda são imaturos.

Confira:

Estratégia nutricional e biotecnologia

O foco da pesquisa foi conciliar nutrição e biotecnologia para explorar ao máximo a fecundação in vitro (FIV). A suplementação de alta densidade energética foi aplicada em novilhas Nelore pré-púberes a partir dos seis meses e meio de idade, em um “tiro curto” de cerca de quatro meses.

A dieta calculou um ganho de peso estimado em 1 kg por dia para o grupo experimental, versus 650 gramas por dia para o grupo convencional. Essa estratégia nutricional rica em energia, composta por milho, farelo de soja e núcleo mineral, foi crucial para aumentar a deposição de gordura subcutânea, que tem forte correlação com a estimulação hormonal e a precocidade sexual.

Aumento na produção de embriões

A contribuição para o melhoramento genético é significativa, pois o método diminui o intervalo entre gerações e aumenta a pressão de seleção. A pesquisa comprovou um aumento de 21% na produção de embriões in vitro, resultando em 19 prenhezes a mais do que o grupo convencional. Essa diferença se traduz em um ganho financeiro quase três vezes superior, mostrando que a suplementação deve ser encarada como um investimento.

O estudo, já publicado e acessível no site da Embrapa Cerrados, também indica que a melatonina, um hormônio natural, pode potencializar os resultados, contribuindo para a melhoria da qualidade embrionária.

O próximo foco da pesquisa será a interação da nutrição com a criopreservação de embriões, com o objetivo de melhorar a congelabilidade do embrião, permitindo que o pecuarista possa utilizá-lo em momentos mais oportunos, especialmente durante o período seco, quando há escassez de receptoras adequadas.

Com informações de: girodoboi.canalrural.com.br.

Publicado com auxílio de inteligência artificial e revisão da Redação Canal Rural.