As entregas de fertilizantes em 2018 devem totalizar 35,396 milhões de toneladas, 2,8% acima do total do ano passado, disse nesta quarta-feira, dia 17, o analista de Inteligência de Mercado da INTL FCStone, Fábio Rezende. “O incremento deve ser puxado principalmente por produtores de soja, já que a relação de troca entre fertilizantes e a oleaginosa está atrativa para os produtores rurais com a forte alta dos preços do grão no Brasil”, disse o analista.
Nos próximos meses, contudo, as entregas de adubos devem recuar. Produtores de algodão, café e milho (segunda safra), que costumam adquirir o insumo neste período do ano, têm trabalhado com relações de troca com adubo menos vantajosas do que nos últimos anos – ou seja, precisam entregar volume maior de produto agrícola para comprar a mesma quantidade de fertilizante.
“No caso do algodão, a relação de troca está pior que em anos anteriores; com relação ao café, está nas máximas (ou seja, mais caro para o agricultor) dos últimos anos, e a relação de troca do milho também não está muito favorável ao produtor”, avaliou Rezende.
Os preços de fertilizantes vêm subindo no mercado internacional e no Brasil, sustentados, entre outros fatores, pelo aumento dos custos de produção e pelo câmbio.