Economia

IPCA-15 de agosto deve ser de -0,75%, avalia Banco Original

Projeção é detalhada pelo economista Eduardo Vilarim, da instituição financeira

Indicador considerado pelo mercado e pelo governo como prévia da inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) terá a edição de agosto divulgada nesta quarta-feira (24). Para o mês de referência, o Banco Original projeta queda — reforçando, assim, a tendência de deflação no país.

A projeção por parte da instituição financeira mantida pela J&F, holding da qual o Canal Rural faz parte, foi detalhada na edição desta segunda-feira (22) do telejornal ‘Mercado & Companhia’ pelo economista Eduardo Vilarim.

“Aqui no Original, nós entendemos que o IPCA-15 deve vir por volta de -0,75% em agosto, o que significa que ele sai de 11,39% para 9,57% em 12 meses, acumulando com maior intensidade todos os efeitos do ICMS sobre energia e combustíveis”, afirmou o economista do banco.

“Você também tem alguns preços livres, que devem ter uma desaceleração” — Eduardo Vilarim

De acordo com Vilarim, a diminuição do ICMS em alguns setores não serão, contudo, os únicos responsáveis pela esperada queda do IPCA-15 a ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Você também tem alguns preços livres, que devem ter uma desaceleração, são os casos das passagens aéreas e os itens de vestuário.”

Alimentos devem impactar o IPCA-15

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Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

Eduardo Vilarim afirmou, ainda, que há uma dúvida em relação ao indicador: o preço dos alimentos. No entanto, ele acredita que um eventual aumento desse segmento não será tão drástico no comparativo com julho.

“Poderemos ter o IPCA-15 inferior a 0,8, o que será bom para o consumidor” — Eduardo Vilarim

“O número final dessa cesta ficará por conta dos alimentos. A gente tem uma dúvida se eles virão acima de 1% ou um pouco abaixo de 1%”, comentou. “Se eles vierem abaixo de 1%, como os números da FGV [Fundação Getulio Vargas] mostram, poderemos ter o IPCA-15 inferior a 0,8, o que será bom para o consumidor”, complementou o economista do Banco Original.