OPORTUNIDADE

Jovens aprendizes são mão de obra qualificada para o agro

Programa executado na região oeste já formou mais de mil jovens aprendizes desde sua implantação

Em uma das regiões mais produtivas no oeste da Bahia, o agro representa um caminho profissional promissor e uma verdadeira fonte de oportunidades para os jovens aprendizes através dos programas executados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, o Senar.

Na comunidade agrícola de São José do Rio Grande, em Riachão das Neves, muitos destes estudantes desenvolvem habilidades variadas através do programa.

A baiana Ítala Oliveira, de 18 anos, aprendeu técnicas de audiovisual, marketing e até fotografia em uma oficina realizada na Fazenda Escola DNR, no Distrito Irrigado de Nupeba e Riacho Grande. Em um vídeo roteirado e filmado pelos próprios alunos, eles retrataram a importância da agricultura na vida do homem do campo.

“Quando recebemos a atividade, já pensamos em contar a história de um agricultor através de um cordel, algo diferente”, conta a jovem aprendiz, que veio de São Paulo em busca de oportunidades no interior baiano.

Mislene Oliveira participou de uma capacitação semelhante na mesma unidade, o que a ajudou a desenvolver a carreira de fotógrafa. “Eles me mandaram para fazer uma especialização em Brasília e logo ao final fui contratada como fotógrafa”, conta ela.

Fazenda Escola

Na região, o Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras (SPRB)  é o responsável pela execução do projeto junto ao Senar Bahia. Comunicação e empreendedorismo estão entre os temas trabalhados junto aos alunos nas oficinas.

Mais de 160 jovens aprendizes participam do programa em duas unidades escolares. Quarenta deles estudam na Fazenda Escola DNR, aprendendo ainda diversas técnicas de supervisão agrícola e produção agroindustrial, com o manejo de hortas, aviário e muitos outros espaços.

Jovens aprendizes se transformam em mão de obra qualificada para o setor produtivo
Foto: Guilherme Soares/Canal Rural BA

De acordo com o presidente do SPRB, estes alunos, mais tarde, geram mão de obra para suprir a demanda da região, que possui milhares de hectares produtivos e grande potencial de desenvolvimento da agricultura e agroindústria de pequeno e médio porte.

“Muitas vezes falta justamente uma visão empreendedora pra se conseguir utilizar melhor esses espaços. E a escola está aqui para que a gente capacite essas pessoas”, afirma David Schmidt.

Alessandro Fernandes, de 22 anos, foi contratado como gerente da fazenda, mas também começou como aluno. Segundo ele, a especialização no manejo de produção agrícola e a determinação fizeram a diferença na carreira profissional.

O importante é querer aprender e levar esse conhecimento para nossas localidades. Todo mundo consegue ser um profissional exemplar em qualquer lugar”, diz ele.

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