Combater a diabrótica, também chamada de larva-alfinete, é bastante difícil. Em sua fase larval, a praga ataca diretamente as raízes das plantas. Produtores de milho, principalmente no Rio Grande do Sul, acabam vendo as plantas tombarem, frágeis – o que alguns chamam de pescoço de ganso.
“Toda a estrutura da planta vem da sua raiz. Se ela é danificada, como acontece no ataque da diabrótica, você acaba perdendo produtividade, porque ela vai absorver menos nutrientes e recurso hídrico”, explica o gerente regional da Dekalb, Guilherme Lobato.
A Dekalb é a marca de produtos de milho da Bayer, que desenvolveu uma tecnologia de sementes capaz de resistir à praga: a VT Pro 3. Segundo Lobato, o controle da diabrótica através de produtos químicos seria bastante difícil, já que ela atua embaixo da terra, e não existia nenhuma solução disponível no mercado.
O gerente da Bayer diz que a tecnologia está bem difundida entre agricultores gaúchos, sendo usada em larga escala. Para demonstrar a qualidade do produto e conquistar mais adeptos, a marca cavou trincheiras de um metro de profundidade, em seu espaço na Expodireto Cotrijal. A feira é realizada em Não-Me-Toque (RS) e vai até sexta-feira, dia 15.
Na demonstração, é possível enxergar a profundidade que as raízes alcançam: chegam a dois metros de comprimento. “Quanto mais fundo elas vão, mais absorvem nutrientes e têm acesso a recursos hídricos”, diz Lobato. De acordo com ele, isso faz toda a diferença contra as interpéries climáticas. “Principalmente em períodos de estresse hídrico”, afirma.
A cultivar possui três proteínas Bt, o que a protege contra pragas aéreas que atacam folha, colmo e espiga, como a lagarta do cartucho. Além de ser resistente contra as principais pragas do milho, “a VT Pro 3 propicia flexibilidade no manejo de plantas daninhas, pois é tolerante ao herbicida glifosato”, defende a Bayer.
*O jornalista viajou para a Expodireto Cotrijal a convite da Bayer CropScience.