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Nova técnica de sexagem promete aumentar lucro de criadores de cavalos

Procedimento que utiliza nanopartículas magnéticas garante, segundo pesquisadores, a manutenção da qualidade do sêmen dos animais, ao contrário de técnicas mais tradicionais

cavalo
Foto: Pixabay

O mercado de cavalos possui uma demanda relevante para o nascimento de fêmeas. De olho neste negócio, um grupo de pesquisadores liderado pelo chileno Hernan Ramirez Castex, da BiosexyngTM, desenvolveu uma nova técnica de sexagem utilizando nanopartículas magnéticas. O procedimento já é utilizado em diversos países, com resultados comprovados, inclusive no Brasil.

Durante a 37ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, realizada em Belo Horizonte (MG), o médico-veterinário e pesquisador Reno Roldi Araújo, da Brasil Reprodução Animal, apresentou a técnica e explicou como pode revolucionar a criação de cavalos. O procedimento se aplica em todas as raças equinas, não se limitando ao mangalarga marchador.

“Nas espécies domésticas, a proporção de nascimentos de machos e fêmeas é de 1 para 1. No entanto, a demanda de fêmeas na equideocultura é maior, devido ao seu valor agregado, decorrente de sua importância reprodutiva”, disse.

De acordo com o pesquisador, a sexagem por nanopartículas magnéticas garante a manutenção da qualidade do sêmen dos animais, oferecendo maior eficiência com menor custo, ao contrário de outras técnicas já disponíveis no mercado, como a citometria de fluxo.

Como funciona?

Segundo a pesquisa, espermatozoides com carga feminina possuem carga elétrica de -20 milivolts (Mv), enquanto os que carregam carga masculina têm -16 Mv. A técnica se baseia nessa diferença de cargas entre as membranas espermáticas, utilizando nanopartículas magnéticas com carga suficiente para atrair apenas as células contendo o cromossomo Y (macho).

“Após adicionar as partículas ao sêmen, utilizamos um imã para separar as células ligadas (cromossomos Y) das células livres, que serão compostas majoritariamente por espermatozoides que contêm cromossomo X (fêmeas). A técnica é viável e rápida e dura em torno de 1h20 para ser realizada”, explicou.

Marcador separa espermatozoides e possibilita a sexagem. Foto: Fábio Santos/Canal Rural

Eficiência

Naturalmente, a média de espermatozoides que carregam o cromossomo Y (macho) e o cromossomo X (fêmea) gira em torno de 50% cada. Depois do processo de sexagem do sêmen, a porcentagem de fêmeas na dose inseminante aumenta para 90%.  Após o procedimento o sêmen pode ser utilizado a fresco, refrigerado por até 12 horas ou congelado para uso posterior.

Custo

O custo estabelecido pela dose sexada é de US$ 500. Cada dose contém cerca de 400 milhões a 500 milhões de espermatozoides com cromossomo X (fêmeas), destes pelo menos 200 milhões com motilidade progressiva, ou seja, aptos para a fecundação. Quando o sêmen é congelado, segundo o pesquisador, pode se obter de 3 a 5 palhetas por dose inseminante.

Serviço:

O serviço de sexagem desenvolvido pela Biosexyng é oferecido para toda a indústria do cavalo pela Brasil Reprodução Animal.

Brasil Reprodução Animal
e-mail: reno.ro@usp.br
Telefone: (31) 99901-6199 / (51) 98224-5390

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