Economia

Previsão da inflação para 2023 cai para 4,94%

Para 2022, a nova projeção do mercado também é de recuo

As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa do Boletim Focus reduziram de 4,97% para 4,94% a previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023. O dado foi divulgado na manhã desta segunda-feira (24).

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Ainda referente ao próximo ano, a previsão de inflação nos preços administrados — que são controlados por contrato ou pelo poder público — diminuiu de 5,62% para 5,52%. Além disso, a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) também caiu: de 4,58% para 4,57%.

Inflação em 2022

IPCA-15
IPCA-15. Foto: Divulgação/Agência Brasil

Para 2022, as instituições financeiras reduziram de 5,62% para 5,60% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A previsão de inflação nos preços administrados em 2022 passou de -4,37% para -4,28%. Enquanto isso, a projeção para a inflação medida pelo IGP-M caiu de 7,55% para 7,01%.

PIB e taxa de juros

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Foto: Pixabay

A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 elevou de 0,59% para 0,63%. A projeção para 2022 aumentou de 2,71% para 2,76%.

As instituições financeiras ouvidas pelo BC no boletim Focus mantiveram em 11,25% a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2023. Atualmente, ela está em 13,75%, o que significa que o mercado espera um incremento de -2,50 ponto porcentual (pp) até o fim do ano. Para 2022, a estimativa para a taxa Selic manteve-se em 13,75%.

Câmbio e superávit

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Foto: Agência Brasil

A projeção para a taxa de câmbio em 2023 ficou estável em R$ 5,20 por dólar, enquanto a estimativa para 2022 manteve-se em R$ 5,20 por dólar. Há quatro semanas, as previsões eram as mesmas tanto para 2023 quanto para 2022.

A previsão de superávit comercial em 2023 reduziu para US$ 56,00 bilhões, de US$ 60,00 bilhões na semana passada. A balança comercial mede o resultado das vendas de bens ao exterior (exportações), menos as compras de bens do exterior (importações).

A previsão para o saldo em conta corrente — que reúne os resultados das transferências e das balanças comercial, de serviços e de renda — foi de déficit de US$ 34,00 bilhões, igual ao saldo negativo de US$ 34,00 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2023 aumentou para US$ 70,00 bilhões, comparada à projeção de US$ 67,34 bilhões da semana passada.

Para 2022, as instituições reduziram a previsão de superávit comercial para US$ 56,15 bilhões, de US$ 60,00 bilhões na semana passada.

A previsão para o saldo em conta corrente foi de déficit de US$ 32,25 bilhões, superior ao saldo negativo de US$ 30,00 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2022 aumentou para US$ 68,00 bilhões, comparada à projeção de US$ 66,00 bilhões da semana passada.

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