IMPOSTOS

Reforma tributária: Fiesp quer que alíquota máxima seja estabelecida em 25%

Presidente da entidade defendeu que indústria não seja onerada, já que será necessário aumentar alíquota de referência do IVA para cobrir custo de exceções

Diante das pressões setoriais por aumento das exceções na reforma tributária, em tramitação no Senado, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, pediu nesta segunda-feira (21) um teto de 25% nas alíquotas dos impostos sobre valor agregado criados pela proposta de emenda constitucional.

Durante debate sobre o tema promovido por Fiesp e Esfera Brasil, Josué disse que as exceções são necessárias e meritórias, porém defendeu que a indústria não seja onerada, já que será necessário aumentar a alíquota de referência do IVA para cobrir o custo das exceções.

“Não podemos permitir que a indústria venha a ser onerada. A indústria só quer que alíquota máxima seja estabelecida em 25%”, declarou o empresário, ponderando que a alíquota pode subir se houver aumento no número de exceções.

O presidente da Fiesp também expressou preocupação com a amplitude aberta pela redação, na reforma, da aplicação do imposto seletivo, que vai recair sobre produtos prejudiciais à saúde e o meio ambiente.

Segundo Josué, é preciso que a redação seja mais específica, limitando os setores afetados pelo novo tributo. “Há muita coisa na zona cinzenta”, reclamou.

Por fim, Josué classificou como legítimo o pleito das montadoras do Sul e do Sudeste contra a prorrogação dos incentivos à produção de automóveis no Nordeste. O benefício, que tem previsão para terminar em 2025, beneficia a fábrica do grupo Stellantis em Pernambuco, e tem a oposição de concorrentes instalados em outras regiões.

“Admiramos o Nordeste, entendemos a necessidade de promoção do desenvolvimento da região, mas o incentivo dado à montadora já foi estendido por diversas vezes”, afirmou o presidente da Fiesp.

______________

Saiba em primeira mão informações sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo. Siga o Canal Rural no Google News.