Pecuária

Semana tem boas expectativas para o mercado do boi gordo; veja as notícias desta segunda

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a expectativa que precede o domingo do Dia dos Pais é de otimismo em relação à demanda

  • Boi: mercado se prepara para domingo de Dia dos Pais
  • Milho: cotações têm mais um dia de leve queda

  • Soja: saca fica praticamente estável com Chicago e dólar em direções opostas

  • Café: preços despencam em Nova York e no Brasil

  • No exterior: inflação fica abaixo do esperado nos EUA

  • No Brasil: riscos fiscais voltam a incomodar os investidores

  • Agenda:

    • Brasil: relatório Focus (Banco Central)

    • Brasil: balança comercial de julho

    • EUA: inspeções de exportação semanal (USDA)

    Boi: mercado se prepara para domingo de Dia dos Pais

    De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a expectativa para essa semana que precede o domingo do Dia dos Pais é de otimismo em relação à demanda. Segundo o analista Fernando Iglesias, com menos medidas restritivas que no primeiro semestre ou no ano passado, o consumo em restaurantes pode ser bem positivo.

    Na B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram comportamento misto em que apenas os prazos para julho e novembro avançaram e o restante da curva teve quedas. O ajuste do vencimento para julho passou de R$ 317,85 para R$ 318,19, do outubro foi de R$ 326,15 para R$ 325,15 e do novembro foi de R$ 329,60 para R$ 331,30 por arroba.

    Milho: cotações têm mais um dia de leve queda

    O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), teve mais um dia de leve queda. A cotação variou -0,52% em relação ao dia anterior e passou de R$ 101,93 para R$ 101,4 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 28,93%. Em 12 meses, os preços alcançaram 100,91% de valorização.

    Na B3, os contratos futuros do milho alcançaram o terceiro dia de quedas. O mercado seguiu em correção técnica após as fortes altas da segunda quinzena de julho. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 100,45 para R$ 99,38, do novembro foi de R$ 100,66 para R$ 99,61 e do março de 2022 foi de R$ 101,69 para R$ 100,67 por saca.

    Soja: saca fica praticamente estável com Chicago e dólar em direções opostas

    O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), teve um dia de preços praticamente estáveis com Chicago e dólar em direções opostas. A cotação variou -0,24% em relação ao dia anterior e passou de R$ 168,45 para R$ 168,05 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 9,19%.

    Em Chicago, os contratos futuros da soja tiveram uma sequência de quatro dias de alta interrompida e seguem com bastante dificuldade de retomar o patamar de US$ 14 por bushel, que não é alcançado desde meados de junho. Na comparação diária, o vencimento para novembro recuou 2,06% e passou de US$ 13,776 para US$ 13,492 por bushel.

    Café: preços despencam em Nova York e no Brasil

    Em Nova York, os contratos futuros do café arábica encerraram a semana com uma queda expressiva e chegaram ao quarto dia consecutivo de baixas. No período, o recuo acumulado foi de 13,6%. O vencimento para setembro recuou 8,63% no dia e passou de US$ 1,965 para US$ 1,7955 por libra-peso. O movimento de baixa é causado pela diminuição das posições compradas dos fundos.

    De acordo com a Safras & Mercado, as cotações do café no mercado brasileiro acompanharam novamente o movimento de baixa observado em Nova York. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 1.050/1.055 para R$ 990/995, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação foi de R$ 1.060/1.065 para R$ 995/1.000 por saca.

    No Exterior: inflação fica abaixo do esperado nos EUA

    Após alguns meses de resultados piores que o esperado, a inflação nos Estados Unidos surpreendeu positivamente a expectativa dos analistas. O índice PCE de junho, indicador de inflação mais acompanhado pelo Banco Central dos EUA (FED), ficou abaixo das projeções de mercado e aliviou a tensão e o temor de aumento dos juros.

    Apesar do resultado da inflação, as bolsas recuaram nos Estados Unidos repercutindo as medidas de autoridades chinesas contra empresas de tecnologia e balanços corporativos abaixo das expectativas. Nesta semana, os destaques da agenda econômica são os dados do mercado de trabalho nos EUA com a criação de empregos em julho

    No Brasil: riscos fiscais voltam a incomodar os investidores

    A semana encerrou com forte queda da bolsa brasileira e expressiva alta do dólar em virtude de novas notícias que trazem dúvidas aos investidores quanto à sustentabilidade fiscal do governo brasileiro. O mercado volta a se preocupar com a possibilidade que um novo programa de auxílio como o Bolsa Família possa ficar fora do Teto dos Gastos.

    Dessa forma, o Ibovespa recuou 3,08% e fechou o dia cotado a 121.800 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial subiu 2,57% e foi a R$ 5,21. Nesta semana, o grande destaque da agenda econômica é a reunião do Copom que trará a decisão para a taxa Selic. Os investidores estão divididos se o Banco Central elevará os juros em 0,75 ou 1,00 ponto percentual.