Soja: Chicago recua quase 2% com aumento de doença em suínos na China

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Foto: Pixabay

Na bolsa de Chicago, os preços dos contratos futuros da soja encerram o dia em queda. O movimento de perda foi acentuado principalmente no final do dia, atingindo as mínimas dos preços.  O mercado está sendo pressionado pelo temor do alastramento da peste suína africana na China, o que pode prejudicar a demanda no país pelo farelo de soja.

Na posição de novembro, os negócios atingiram o valor de  US$ 8,33, queda de 1,76%. 

Além disso, a expectativa de safra recorde nos Estados Unidos de aproximadamente 127 milhões de toneladas continua puxando as cotações para baixo.  

A perspectiva foi reforçada com o relatório divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que indicou indicou melhora nas condições das lavouras americanas. Segundo o USDA, até 26 de agosto, 66% estavam entre boas e excelentes condições, 23% em situação regular e 11% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana passada, os números eram de 65%, 24% e 11%, respectivamente.


Brasil

O mercado brasileiro de soja teve uma terça-feira de preços mais altos. As cotações reagiram à valorização do dólar no dia. Entretanto, o ritmo de negócios foi bem modesto no dia nas principais praças de comercialização.

Soja no mercado físico – saca de 60 kg

          • Passo Fundo (RS): R$ 84,50
          • Cascavel (PR): R$ 84
          • Rondonópolis (MT): R$ 78
          • Dourados (MS): R$ 79,50
          • Porto de Paranaguá (PR): R$ 90
          • Porto de Rio Grande (RS): R$ 91
          • Porto de Santos (SP): R$ 90
          • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 89,50
          • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

            • Setembro/2018: US$ 8,20 (-14,25 cents)
            • Novembro/2018: US$ 8,33 (-15 cents)

Milho

O mercado brasileiro de milho registrou poucas alterações nos preços nesta terça-feira. Segundo o analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o grão no Brasil não apresentou grandes novidades, com consumidores optando por comprar volumes pontuais. Enquanto isso, as tradings voltaram a operar de maneira mais incisiva no decorrer do dia.

O processo de desvalorização cambial segue determinante para esta movimentação, com a paridade mais uma vez superando a linha dos R$ 4,10/US$ 1.

Chicago

Os contratos do milho negociados na Bolsa de Mercadorias em Chicago (CBOT) terminaram a terça-feira com preços mais baixos. O mercado segue sentindo a pressão exercida pela perspectiva de uma safra cheia a ser colhida pelos Estados Unidos.  No início do dia, o mercado até esboçou uma recuperação, refletindo o acordo fechado entre Estados Unidos e México, que poderia beneficiar a venda de cereal americano aos mexicanos.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) também divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de milho. Segundo o USDA, até 26 de agosto, 68% estavam entre boas e excelentes condições, 20% em situação regular e 12% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os números eram de 68%, 20% e 12%, respectivamente.

Milho no mercado físico – saca de 60 kg

  • Rio Grande do Sul: R$ 45
  • Paraná: R$ 37
  • Campinas (SP): R$ 43
  • Mato Grosso: R$ 29
  • Porto de Santos (SP): R$ 43
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 42
  • São Francisco do Sul (SC): R$ 42
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

      • Setembro/2018: US$ 3,41 (-5,75 cent)
      • Novembro/2018: US$ 3,56 (-5,25 cent)

Café

O mercado brasileiro de café teve uma terça-feira de preços fracos, pressionados pela queda do arábica na Bolsa de Nova York.  A alta do dólar limitou o impacto negativo de Nova York. O dia começou com boa movimentação de negócios no Brasil. Mas, com as perdas  externas, o ritmo da comercialização ficou mais lento.

Nova York

Os contratos para o café arábica negociados na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) encerrou as operações desta terça-feira com preços em quedaA sessão foi bastante volátil mais uma vez e Nova York chegou a ter ganhos. Entretanto, a forte alta do dólar contra o real no Brasil pressionou as cotações e estimulou o movimento vendedor, derrubando as cotações.

A alta da moeda americana sugere maior competitividade para os embarques brasileiros.

 Além disso, NY vinha de 3 sessões seguidas de ganhos e sujeita a movimentos corretivos técnicos. A alta do dólar contra o real estimulou o ajuste técnico. NY se manteve distante ainda da linha importante de US$ 1,00 a libra-peso, que chegou a ser rompida recentemente.

E os fundamentos seguem baixistas, com a oferta global tranquila em ano de safra recorde no Brasil e com outras origens sinalizando para grandes safras adiante.

 

Café no mercado físico – saca de 60 kg

          • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 425 a R$ 430
          • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 430 a R$ 435
          • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 360 a R$ 365
          • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 320 a R$ 322
          • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – libra-peso

          • Setembro/2018: US$ 99,25 (-2,60 cent)
          • Dezembro/2018: US$ 103,05 (-2,70 cent)

Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – tonelada

            • Setembro/2018: 1.620 (+US$ 6)
            • Novembro/2018: 1.541 (+US$ 10)

 


Boi

A dificuldade de encontrar animais disponíveis para abate reduz o poder de barganha dos frigoríficos e traz pressão positiva para os preços. Nos estados do Norte, as ofertas de compra acima da referência estão fortes, no Tocantins, por exemplo, a alta foi de 1,5% na comparação diária.

Em São Paulo, diversas indústrias procuram animais para preencher as escalas da próxima segunda-feira (3/9). Mesmo que a arroba tenha permanecido estável no levantamento desta terça-feira, dia 28, a concorrência pode acarretar em valorização para o boi gordo nos próximos dias. Quanto ao mercado de carne, reação nos preços da carcaça.

No fechamento desta terça-feira, o boi casado ficou cotado em R$9,40/kg. Alta de 3,9% em sete dias. Esse comportamento é em função da associação entre a queda da oferta da matéria-prima e o aumento do escoamento da produção via exportação.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

          • Araçatuba (SP): R$ 144
          • Triângulo Mineiro (MG): R$ 140
          • Goiânia (GO): R$ 134
          • Dourados (MS): R$ 138
          • Mato Grosso: R$ 126 a R$ 129
          • Marabá (PA): R$ 128
          • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,70 (kg)
          • Paraná (noroeste): R$ 146
          • Sul (TO): R$ 131
          • Veja a cotação na sua região

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou a negociação com alta de 1,44%, cotado a R$ 4,139 para a compra e a R$ 4,141 para a venda. O valor é o segundo maior desde o Plano Real, ficando atrás apenas do registrado em janeiro de 2016, quando bateu o valor de R$ 4,1655.

Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,065 e a máxima de R$ 4,148.

O diretor da Mirae, Pablo Spyer, destaca que além das incertezas eleitorais, o índice de confiança dos Estados Unidos subiu a 133,4 pontos neste mês, maior nível em praticamente 18 anos e “bem acima do esperado”. Porém, a leitura vai além dos números, segundo Spyer. “Indica que a parcimônia do Federal Reserve, o banco central norte-americano quanto à elevação dos juros pode se dissipar”, comenta.

O analista da Correparti Ricardo Gomes Filho, reforça que o cenário negativo das emergentes “virou” em meio a tendência de escalada dos juros nos Estados Unidos, “amparada pelos nítidos sinais de fortalecimento da economia por lá”. Os pesos mexicano e argentino caíram ao redor de 1,5%, enquanto a lira turca perdeu mais de 2% frente ao dólar.  

O índice Ibovesp de São Paulo terminou o pregão desta terça-feira, dia 28,  em baixa de 0,59%, com 77.473 pontos. Os papéis das empresas de grande porte, chamadas de blue chip, puxaram o índice para baixo, com Petrobras terminando o dia em queda de 1,71%, Bradesco com desvalorização de 0,96%, Itau fechando em baixa de 0,72% e Vale com menos 0,20%.


Previsão do tempo para quarta-feira, dia 29

Sul

A quarta-feira começa com tempo firme e temperaturas mínimas em elevação, se comparado ao dia anterior. Durante a tarde a nebulosidade aumenta, mas, devido aos ventos quentes predominantes do quadrante norte, a temperatura se eleva, com sensação de calor em algumas áreas do interior.

No fim do dia, o tempo muda na metade sul do Rio Grande do Sul e novas áreas de instabilidade se formam e provocam chuvas nessa região. Na fronteira oeste e sul, a chuva vem acompanhada de trovoadas, rajadas de ventos e possível queda de granizo.

Sudeste

Será mais um dia de tempo seco em grande parte da região, com risco de chuva apenas entre Minas Gerais e Espírito Santo.

As temperaturas continuam a subir aos poucos, por conta do predomínio do sol, porém as temperaturas da manhã seguem amenas e a tarde a sensação é de calor.

Centro-Oeste

O tempo segue instável no noroeste do Mato Grosso devido às instabilidades tropicais do Norte do país. Enquanto isso, nas demais áreas, o tempo firme predomina e as temperaturas seguem bastante elevadas e com baixa umidade relativa do ar, o que favorece chance para novos focos de queimadas.

Nordeste

A chuva perde intensidade no Recôncavo Baiano. No Maranhão chove apenas no litoral oeste. Chove a qualquer hora do dia devido aos ventos úmidos que sopram do mar entre o leste da Bahia e o litoral da Paraíba. Nas demais áreas, tempo firme, calor e baixa umidade relativa do ar.

Norte

As instabilidades seguem se espalhando pela região e a chuva retorna sobre todo o estado de Rondônia e do Acre. Aliás, a chuva ocorre de forma mais intensa e acompanhada por trovoadas em Porto Velho. Por outro lado, nada de chuva em Tocantins e no centro-leste do Pará.