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Soja: preço nos portos se mantém acima de R$ 96 mesmo com baixa em Chicago

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Grãos de soja
Foto: Pixabay

Os contratos futuros negociados na Bolsa de Chicago fecharam a sexta-feira, dia 14, em baixa. O mercado não sustentou a reação esboçada durante a tarde e reverteu para o território negativo. A estimativa de produção recorde nos Estados Unidos segue contaminando as cotações. Na semana, a posição novembro do grão acumulou queda de 1,6%.

Enquanto isso, no Brasil

Dia de preços mistos nas principais praças do país. Apesar das perdas em Chicago e da baixa do dólar, o mercado esteve descolado dessas referências em algumas regiões, onde as cotações ou seguiram estáveis ou até avançaram. Diante da oferta limitada no disponível, com os prêmios de exportação avançando, o mercado se sustentou.

Soja no mercado físico – saca de 60 kg

  • Passo Fundo (RS): R$ 89
  • Cascavel (PR): R$ 90,50
  • Rondonópolis (MT): R$ 82
  • Dourados (MS): R$ 84
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 98
  • Porto de Rio Grande (RS): R$ 96
  • Porto de Santos (SP): R$ 96
  • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 96,50
  • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

  • Novembro/2018: US$ 8,30 (-2,75 cents)
  • Janeiro/2019: US$8,44 (-2,75 cents)

Nos subprodutos, a posição outubro do farelo fechou com recuo de US$ 6,60 (-2,11%), sendo negociada a US$ 305,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em outubro fecharam a 27,49 centavos de dólar, com baixa de -0,03 centavo ou -0,1%.


Milho

Os preços do milho na Bolsa de Chicago fecharam em elevação. Em sessão volátil, o mercado oscilou e só confirmou a alta perto do encerramento, buscando se recuperar das perdas registradas ao longo da semana — a posição dezembro acumulou queda de 4,15% neste período. De acordo com o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), há expectativa de safra cheia tanto nos EUA quanto no mundo.

Como as cotações reagiram no Brasil?

Comportamento estável no mercado brasileiro. De acordo com o analista de Saras & Mercado Paulo Molinari, o dia foi travado e de calmaria absoluta na comercialização.

Milho no mercado físico – saca de 60 kg

  • Rio Grande do Sul: R$ 43
  • Paraná: R$ 37
  • Campinas (SP): R$ 41,50
  • Mato Grosso: R$ 28
  • Porto de Santos (SP): R$ 41,50
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 40,50
  • São Francisco do Sul (SC): R$ 40,50
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

  • Dezembro/2018: US$ 3,51 (+1,25 cents)
  • Março/2019: US$ 3,63 (+1 cents)

Boi

Apesar do menor volume de negócios registrados, no fechamento de sexta, o preço do boi gordo subiu em oito praças pecuárias. Na média de todas as praças pesquisadas pela Scot Consultor, a arroba fechou com valorização de 0,9% nesta semana.

A menor oferta de boiadas e a dificuldade dos frigoríficos em regular os estoques são os principais fatores de firmeza do mercado. “Cabe ressaltar que no Sul do país, o cenário é o oposto. A maior concentração de oferta neste período do ano, em função da saída dos animais das pastagens para o plantio das lavouras, pressiona as cotações da arroba para baixo”, explica a consultoria, em nota. No Rio Grande do Sul, nas duas praças pesquisadas, a arroba do boi gordo fechou a semana com desvalorização de 1,1%.

No mercado atacadista de carne bovina com osso, também sentindo os reflexos da escassez de matéria-prima, as cotações fecharam a semana com valorização de 1,7%. Atualmente a carcaça de bovinos castrados está cotada em R$9,94 por quilo.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

  • Araçatuba (SP): R$ 149
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
  • Goiânia (GO): R$ 138
  • Dourados (MS): R$ 142,50
  • Mato Grosso: R$ 128 a R$ 132
  • Marabá (PA): R$ 136
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,35 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 148
  • Sul (TO): R$ 133,50
  • Veja a cotação na sua região

Café

O mercado brasileiro de café teve uma sexta-feira de preços de estáveis a mais baixos, diante da combinação de quedas nas bolsas de futuros com declínio do dólar. Com esse cenário, o dia foi travado na comercialização, e os compradores derrubaram suas bases de cotações.

Nova York

As operações do arábica na Ice Futures US encerraram em baixa. O mercado para dezembro rompeu e fechou abaixo da importante linha técnica e psicológica de US$ 1 a libra-peso. No balanço da semana, o contrato dezembro acumulou uma desvalorização de 2,7%.

Nos fundamentos, a ampla oferta global segue pesando sobre as cotações. O Brasil está terminando a colheita de uma safra recorde e outras nações entram agora ao fim do ano com boas safras, caso do Vietnã, Colômbia e Indonésia.

Na parte técnica, o mercado vai testando o fundo e desta vez rompeu a linha de US$ 1 a libra-peso, mesmo que não tenha fechado muito abaixo deste patamar.

Segundo o consultor de Safras & Mercado Gil Barabach, o começo da próxima semana vai ser determinante para ver se NY está mesmo mudando de patamar para baixo — podendo afundar ainda em relação à linha de US$ 1 a libra-peso. “Mas, se recuperar-se deste nível demonstra denso suporte que pode ajudar em uma recuperação técnica na próxima semana”, comenta.

Londres

Negociados na bolsa inglesa, os valores do conilon seguiram o desempenho do arábica em NY e terminou a sexta em baixa. Fatores técnicos contribuíram para o movimento negativo, com Londres rompendo a linha de US$ 1.500 a tonelada e observando NY testar o patamar de US$ 1 por libra-peso.

Em linhas gerais, os fundamentos seguem baixistas, com as indicações de ampla oferta global. O Brasil está finalizando uma colheita recorde e agora nos últimos meses do ano entram safras de outras origens, com boas produções, como o robusta vietnamita. No balanço da semana, o contrato novembro acumulou uma baixa de 0,1% em Londres.

Café no mercado físico – saca de 60 kg

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 415 a R$ 420
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 420 a R$ 425
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 350 a R$ 355
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 315 a R$ 317
  • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – libra-peso

  • Dezembro/2018: 99,70 (-0,95 cents)
  • Março/2019: 103,15 (-0,90 cents)

Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – tonelada

  • Novembro/2018: US$ 1.489 (-US$ 11)
  • Janeiro/2019: US$ 1.497 (-US$ 11)

Dólar e Ibovespa

A cotação da moeda norte-americana encerrou a semana revertendo a forte tendência de alta, fechando esta sexta-feira, dia 14, em queda de 0,69% cotado a R$ 4,1667 para venda. O dólar na quinta fechou com a maior cotação desde o Plano Real, fechando próximo a R$ 4,20. O Banco Central fechou a semana realizando os leilões tradicionais de swap cambial, sem efetuar nenhuma oferta extraordinária de venda futura da moeda.

O índice B3, da bolsa de valores de São Paulo, fechou o dia em alta de 0,99%, com 75.429 pontos. A semana apresentou uma queda acumulada de 1,4%. Os papéis da Petrobras terminaram a semana valorizadas em 0,37%, seguidas das ações da Vale com alta de 2,38%.


Previsão do tempo para segunda-feira, dia 17

Sul

A semana começa com tempo instável e muita chuva sobre o Sul do país, sob o efeito de três áreas de baixa pressão atmosférica que se formaram no dia anterior.

Os maiores acumulados e riscos para temporais seguem concentrados na metade oeste do Paraná, mas vale ressaltar que essa chuva deve ocorrer já durante as primeiras horas do dia.

Nas demais áreas da região, a chuva persiste em forma de pancadas com menor intensidade. No entanto, há muita variação de nebulosidade ao longo do dia e as temperaturas ainda não sobem muito.

Sudeste

A chuva segue se espalhando pela região Sudeste, com exceção do extremo norte mineiro, onde a condição é de sol e calor. Ao longo da segunda-feira, as instabilidades ganham força e a chuva ocorre de forma volumosa no interior paulista, além da região metropolitana, e também em áreas do Triângulo Mineiro. Ainda há potencial para temporais com descargas elétricas.

Centro-Oeste

Na segunda-feira, a chuva segue se espalhando pela região Centro-Oeste devido às instabilidades em níveis mais altos da atmosfera. No entanto, sobre a maior parte da região, a chuva já ocorre em forma de pancadas rápidas e sem grandes acumulados.

A exceção fica por conta de Mato Grosso do Sul e sul do Mato Grosso, onde a chuva ainda ocorre de forma intensa, volumosa e com potencial para temporais acompanhados por descargas elétricas. O tempo fica firme somente em áreas do norte de Goiás.

Nordeste

A chuva segue costeira e fraca, mas dessa vez, se espalha também pelo litoral baiano, ainda sob a influência de ventos úmidos que sopram do mar contra a costa. Já na maior parte da região, o tempo firme segue predominando.

Norte

Pancadas de chuva persistem sobre a maior parte da região Norte do país, ainda sob o efeito da combinação entre calor e umidade da Amazônia. Vale ressaltar que as instabilidades perdem força e o risco para temporais diminui na região, onde as pancadas devem ocorrer de forma rápida e sem grandes volumes.