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Agenda projeta ciclo do Fed e Copom

O BDM Express é a versão resumida do BDM Morning Call, referência da pré-abertura do mercado financeiro há 20 anos.

Agenda projeta ciclo do Fed e Copom

A China manteve as taxas dos empréstimos de médio prazo ontem, indicando que os juros de referência não devem cair este mês. A agenda dos indicadores nos EUA ganha importância hoje, um dia após o ritmo acelerado da inflação do PPI ter contratado ansiedade para o gráfico de pontos do Fed. O dado não abalou a aposta de que o ciclo de relaxamento começará em junho. A pergunta agora é se o BC americano poderá indicar na semana que vem menos de três cortes do juro no ano.

O mesmo debate se desenrola aqui, de que também o Copom possa ir mais devagar, esvaziando a chance de Selic de um dígito, diante dos desafios da inflação e atividade aquecida. É importante conferir hoje o volume de serviços (9h).

Será um alívio se o volume de serviços prestados em janeiro indicar contração de 0,5% na margem, após +0,3% em dezembro. Na comparação anual, a projeção é de 1,6%, contra recuo anualizado de 2,0% no mês anterior.

A contração prevista para o volume de serviços em janeiro, no entanto, não deve marcar tendência para o resto do ano, devido, em boa parte, ao impulso do mercado de trabalho ainda aquecido para o consumo das famílias.

O Caged, sem horário confirmado, deve indicar hoje a criação de 85.428 postos com carteira assinada, após o fechamento líquido de 430.159 vagas de emprego em dezembro.

Nos EUA, o fôlego inesperado do PPI veio para pregar susto em NY e desfazer a relativa tranquilidade com que o dado de inflação ao consumidor (CPI) havia sido absorvido pelos investidores três dias atrás. Na resposta imediata, os juros dos Treasuries escalaram nesta 5ªF e desencadearam uma onda global de cautela.

Hoje, a produção industrial dos EUA em fevereiro (10h15) deve vir estável e reverter a queda de 0,1% em janeiro. NY ficará ainda de olho nas expectativas de inflação (1 e 5 anos) do sentimento do consumidor de Michigan (11h). Saem ainda a atividade industrial Empire State de março (9h30) e os dados da Baker Hugues (14h).

NA MARRA – O governo prepara medidas de incentivo ao Plano Safra para elevar a produção de alimentos e derrubar os preços até abril, segundo ministros que estiveram com Lula. O grupo alimentação e bebidas variou 0,95% em fevereiro dentro do IPCA, depois de já ter subido 1,38% em janeiro, contribuindo com 0,20 ponto porcentual para a taxa de 0,83% da inflação oficial do último mês.

CRISE NA PETROBRAS – A empresa divulgou comunicado ao mercado ontem à noite para esclarecer que não há decisão ou data definida para a distribuição dos dividendos extras, que gerou um racha no governo e na companhia. Mais cedo, fontes da CNN disseram que a Petrobras sinalizou que pelo menos parte do repasse seja feito antes de outubro.

ARGENTINA – De forma inédita, o Senado rejeitou o “decretaço” de reformas econômicas de Milei, que declarava emergência pública até o fim/25 e desregulava a economia, revogando 300 leis, incluindo uma reforma trabalhista.  Para que o texto deixe de valer, precisa ser rechaçado também na Câmara, que ainda não tem data para votá-lo. 

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