Divulgadas de madrugada, as importações subiram 3% na China em outubro, surpreendendo a previsão de queda de 3,5%, enquanto as exportações caíram 6,4%, no dobro do esperado (-3,7%). Em NY, onde o mercado corrigiu o otimismo excessivo do payroll, o investidor espera Powell amanhã para cravar apostas mais firmes no fim do aperto de juros. Hoje, cinco Fed boys têm falas programadas e já podem influenciar.
Aqui, a ata do Copom (8h) deve tratar dos riscos externos e trazer alertas fiscais, seguida de palestras de RCN (8h30) e Haddad (11h20), em meio ao debate da meta. No Congresso, a Câmara vota à tarde o relatório preliminar da LDO/24 e a CCJ do Senado, parecer da reforma tributária.
Na véspera da análise da proposta na CCJ, Lula convidou para ontem à noite os líderes da base de apoio do Senado ao Planalto para discutir as mudanças que o relator Eduardo Braga (MDB) fez no texto aprovado pela Câmara. A expectativa é de que a reforma tributária seja aprovada no colegiado nesta 3ªF e em plenário até depois de amanhã (5ªF).
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À saída da reunião com Lula, o líder Jaques Wagner estava otimista: “Não vou dizer quantos votos tenho, mas vou dizer que vou aprovar a reforma tributária”. Segundo ele, Braga deve acatar mais 7 ou 8 emendas, nenhuma com nova exceção. Na manchete do Estadão, na reta final para a votação, as pressões por mudanças de última hora no parecer do relator se intensificaram e continuam sendo encaminhadas como sugestões de emendas.
Como na votação da Câmara, a pressão mais visível é dos Estados que temem perder arrecadação para o governo federal. Também não há consenso em relação à trava proposta pelo relator para impedir aumento da carga tributária. A jornalista Adriana Fernandes apurou que o relator avalia mudar a regra de divisão do IBS de competência de Estados e municípios, que pretende colocar governadores e prefeitos para trabalharem.
O ministro Fernando Haddad voltou a dizer que a reforma tributária pode destravar o crescimento do País e deu uma nota para o relatório de Braga. “A reforma tributária, na lente do ideal, seria nota 7 ou 7,5, mas o sistema atual seria nota 1 ou 2.”
LDO/2024 – Enquanto o Senado se ocupa da reforma tributária, a CMO deve votar hoje o relatório preliminar da LDO, em meio aos ruídos da meta fiscal. Nesta 2ªF, Haddad recebeu o apoio dos presidentes das duas casas do Legislativo, em sua defesa do déficit zero. As declarações foram vistas como apoio à pretensão de Haddad de esperar até março para uma decisão de rever a meta.
MAIS AGENDA – Hoje, Fernando Haddad estará ao lado de Lula na abertura do Brazil Investment Forum (BIF 2023), em Brasília. O ministro faz palestra às 11h20. Já Campos Neto fala às 8h30 em evento do Bradesco Asset, em São Paulo, aberto à imprensa. Galípolo fala esta manhã (9h), em palestra do Sindicato das Empresas Serviços Contábeis (Sescon), em SP. Entre os indicadores, o BC divulga os dados de crédito de setembro (8h) e captação da poupança em outubro (15h).
BALANÇOS – Saem Dexco (sem horário), além de Arezzo, Iguatemi, Rede D´Or, Movida, Direcional e Totvs, após o fechamento. O resultado de Itaú veio em linha com o esperado, mas o ADR caiu 2,45% no after market. Já Gerdau subiu 1,48%, apesar de ter refletido a pressão do aço importado no Brasil e juros altos nos EUA.
LÁ FORA – UBS solta balanço antes da abertura dos mercados e Enel divulga seus números depois do fechamento. A agenda dos indicadores prevê a balança de setembro nos EUA (10h30), o crédito ao consumidor, que o Fed divulga às 17h, além da inflação ao produtor (PPI) na zona do euro (7h). na China, o superávit comercial de US$ 56,5 bilhões frustrou a projeção de US$ 79,1 bilhões.
