NY não tem agenda importante e pode seguir poupando energia para a inflação do CPI, amanhã, neste momento em que estão empatadas as apostas de corte do juro pelo Fed em junho ou julho e em duas ou três quedas no ciclo deste ano. Aqui, em véspera de IPCA, Campos Neto, Galípolo e outros diretores do BC participam, às 9h, da Premiação Anual Top 5, promovida pelo banco em SP.
A Petrobras continua ocupando o noticiário, sem um desfecho ainda para a crise de Prates e a polêmica dos dividendos extraordinários. Haddad saiu da reunião com Lula sem falar com a imprensa, mas cresce a esperança de que o governo libere o pagamento dos dividendos.
Ao longo desta 2ªF, Haddad praticamente confirmou as chances de distribuição dos dividendos extras, ao dizer que o caixa da Petrobras é robusto e que o pagamento aos acionistas não atrapalharia o programa de investimentos.
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Como este era o maior impedimento para Lula apoiar os dividendos, parecia estar removido o constrangimento. Apuração de Malu Gaspar/O Globo apontou que falta só definir se o pagamento será de 50% ou de 100% dos dividendos, de R$ 43,9 bilhões, o que esticou os ganhos das ações da Petrobras.
Segundo fontes do Valor, Haddad concordaria com o pagamento parcial, de metade do volume, em troca da adesão da estatal aos acordos de transação tributária sobre aluguel de plataformas de petróleo. A Petrobras negocia pagar cerca de R$ 20 bilhões para a União e encerrar a disputa envolvendo processos administrativos e judiciais na casa de R$ 55 bilhões, recursos que ajudariam o Tesouro a zerar o déficit deste ano.
JOGO PESADO – Um dossiê com críticas à atuação de Jean Paul Prates no comando da Petrobras vem sendo compartilhado por aliados do ministro Alexandre Silveira. Entre as críticas estão que ele foi contra a Petrobras ser autossuficiente em refino e que tentou extinguir a área de segurança, saúde e meio ambiente.
Sobre os dividendos, o dossiê afirma que Prates “tentou pagar 50% do fluxo de caixa livre dos dividendos ordinários, contrariando a orientação do governo de pagar 45% e se absteve na questão dos dividendos extraordinários”.
META FISCAL – A jornalista Adriana Fernandes escreveu na Folha que o governo estuda reduzir o alvo para 2025, atualmente fixado em um superávit de 0,5% do PIB, para um patamar entre zero e 0,25% (faixa igual à deste ano).
Haddad reconheceu ontem que o governo deve adotar um senso de maior realidade e responsabilidade fiscal. “O que adianta ter [superávit] primário positivo num ano e ele ser insustentável?”, questionou o ministro.
AGENDA FRACA – Aqui, saem o Focus (8h25), as primeiras prévias de abril do IPC-Fipe (5h) e IGP-M (8h) e os dados de fevereiro da produção industrial regional (9h). Lá fora, tem o relatório do FMI sobre mercados emergentes (11h).
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