Economia

Dólar cai a R$ 5,08, o menor valor desde novembro de 2021

O dólar emendou a terceira sessão seguida de queda no mercado doméstico de câmbio e voltou a fechar abaixo da linha de R$ 5,10

Num dia de euforia no mercado internacional, o dólar fechou abaixo de R$ 5,10 e caiu para o menor valor em quase três meses.

A bolsa de valores superou os 114 mil pontos e atingiu o patamar mais alto desde o início de novembro.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (25) vendido a R$ 5,08, com queda de R$ 0,062 (-1,22%).

A cotação abriu próxima da estabilidade, mas passou a despencar após a abertura do mercado norte-americano. Na mínima do dia, por volta das 16h15, chegou a R$ 5,07.

A moeda norte-americana está no menor valor desde 4 de novembro, quando estava em R$ 5,05. A divisa acumula queda de 2,46% apenas nesta semana. Em 2023, o recuo chega a 3,79%.

No mercado de ações, o dia também foi marcado pela euforia.

O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 114.270 pontos, com alta de 1,1%.

O indicador está no nível mais alto desde 8 de novembro, quando ainda refletia os resultados da eleição presidencial.

Apesar do feriado municipal do aniversário de São Paulo, o mercado financeiro funcionou normalmente nesta quarta-feira.

O pregão foi influenciado pelo alívio no cenário externo, com investidores estrangeiros transferindo recursos para países emergentes, como o Brasil, com a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) desacelere as altas de juros.

Nos últimos dias, a queda na inflação dos Estados Unidos e a divulgação de dados econômicos mais fracos que o esperado aumentaram as apostas de que o Fed elevará os juros básicos da maior economia do planeta em 0,25 ponto percentual na reunião da próxima semana, após quatro altas consecutivas de 0,5 ponto cada.

A diminuição no ritmo de aperto monetário nos Estados Unidos favorece países emergentes.

Outro fator que tem beneficiado o Brasil é a expectativa de valorização das commodities (bens primários com cotação internacional) após o fim das restrições do governo chinês contra a covid-19.