Economia

Dólar cai seguindo exterior com corte de impostos nos EUA e atinge R$ 5,44

O tom de otimismo ainda se deve ao anúncio de que a Rússia registrou a primeira vacina contra o coronavírus

Dólar
Foto: Pixabay

O dólar cai ante o real acompanhando o movimento da moeda norte-americana frente a maioria das divisas depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que estuda a redução de impostos sobre ganhos de capital, além da expectativa que as negociações sobre um pacote de estímulos no país voltem a andar. O tom de otimismo ainda se deve ao anúncio de que a Rússia registrou a primeira vacina contra o coronavírus, embora exista algum ceticismo com a rapidez dos estudos russos.

Às 10h15 (horário de Brasília), o dólar comercial caía 0,51%, a R$ 5,4400 na venda, enquanto o dólar futuro com vencimento em setembro tinha queda de 0,78%, a R$ 5,4440.

“Lá fora o dólar perde de seus pares e das moedas emergentes e ligadas às commodities e aqui deveremos ter uma abertura em queda, acompanhando o desempenho visto no exterior”, acredita Guilherme Esquelbek, da Correparti Corretora.

Ele destaca que o presidente Vladimir Putin, disse hoje que seu país foi o primeiro a desenvolver e registrar uma vacina contra covid-19, alegando também que uma de suas filhas recebeu a vacina. No entanto, a vacina russa nunca foi listada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das seis candidatas que alcançaram a fase três, com testes mais difundidos em humanos.

Ainda no exterior, investidores ficaram animados após Trump afirmar que está considerando novos cortes de impostos, como de tributos sobre ganhos de capital, depois de já ter assinado decretos estendendo estímulos econômicos.

Além disso, democratas e republicanos devem continuar as negociações sobre um novo pacote de ajuda econômica, após impasses nas últimas semanas.

Na cena doméstica, o destaque é a ata do Copom, que deixou a porta aberta para mais cortes da Selic ao afirmar que eventuais reduções podem ser temporalmente espaçadas. Para o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, foi sinalizada a “possibilidade de mais um corte de juros em 2020, mesmo que intercalado com manutenção nas outras reuniões”.

No entanto, Rosa lembra que ainda há receios em relação a mudanças no teto de gastos no Congresso, apesar das declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, negando que isso seja aprovado. “há notícias de jornais indicando que há apoio entre alguns ministros e membros do Congresso para estender o estado de calamidade até 2021”, disse em relatório, o que pode trazer alguma cautela na cena doméstica.