O dólar comercial opera em alta frente ao real desde a abertura dos negócios e avança 1%, acima de R$ 5,25, seguindo o exterior onde a divisa estrangeira se fortalece ante outras moedas em viés de realização após as perdas recentes e de cautela em meio ao avanço da Covid-19 no mundo, após a apresentação de um pacote de estímulos trilionário nos Estados Unidos.
Apesar da euforia da véspera na expectativa pelo anúncio do pacote, investidores temem desidratação dos estímulos no Congresso norte-americano.
Às 10h10 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em alta de 0,96% no mercado à vista, cotada a R$ 5,257 para venda, enquanto o contrato futuro com vencimento em fevereiro avançava 1,17%, ao redor de R$ 5,26. Lá fora, o Dollar Index subia 0,28%, perto dos 90,500 pontos.
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Para o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, o que começou como fator animador, se tornou fonte de preocupação, já que investidores receberam bem o anúncio do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão prometido pelo presidente eleito nos Estados Unidos, Joe Biden, que pode reforçar a recuperação econômica.
“No entanto, o mercado pondera que o esforço fiscal pode ser esvaziado no Congresso [norte-americano], como também resultar em alguma elevação indesejada de impostos”, comenta.
Sobre isso, a equipe econômica do Bradesco acrescenta que o plano de alívio para fazer frente aos impactos da pandemia prevê o aumento de US$ 600 para US$ 2.000 do auxílio individual a norte-americanos.
“Contudo, diante da elevada amplitude do programa, investidores temem que o pacote seja desidratado no Congresso. Além disso, o avanço da pandemia e a retomada de medidas de distanciamento social em vários países seguem no radar do mercado e elevam a cautela, além de uma realização de lucros”, ponderam os analistas do banco.
