Economia

Dólar subiu 3,5% no ano e termina cotado acima de R$ 4

Há especulação no mercado sobre a possibilidade de o dólar voltar a operar abaixo de R$ 4 na primeira semana de janeiro

Dólar
Foto: Pixabay

O dólar comercial terminou o pregão em queda, seguindo o movimento da moeda norte-americana nos mercados globais, motivado principalmente por apostas de redução na tensão entre Estados Unidos e China e pela expectativa de que os dois países assinarão um acordo comercial preliminar em janeiro.  

As perdas do dólar ganharam força após a formação de Ptax – média das cotações apuradas pelo Banco Central (BC), mas segundo o chefe da mesa de câmbio da Mirae, Daniel Lugo, o movimento foi baseado essencialmente na repercussão do que aconteceu nos mercados lá fora, onde o dólar perdeu força diante de um movimento de maior apetite por risco e liquidez reduzida. 

Ele disse que há especulação no mercado sobre a possibilidade de o dólar voltar a operar abaixo de R$ 4 na primeira semana de janeiro, mas que “não tem nada” capaz de justificar este movimento até agora, embora haja otimismo com a possibilidade de assinatura do acordo entre Estados Unidos e China.

Uma demora além da esperada neste evento, ou manifestação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no sentido oposto ao das expectativas do mercado, porém, pode voltar a dar força à moeda norte-americana, acrescentou. 

Para o economista da Toro Investimentos, Rafael Winalda, o dólar não deve buscar o “tão esperado” nível de R$ 4,00 após a moeda bater recordes sucessivos no fim de novembro, quando chegou à máxima histórica de R$ 4,2770 no intraday. “Deve se manter entre R$ 4,01 e R$ 4,02 mesmo. Após a Ptax, a tendência é de um mercado mais parado”, disse ele.  

O dólar comercial caiu 0,91% no pregão à vista, para R$ 4,014 para a venda, depois de oscilar entre mínima de R$ 4,011 e máxima de R$ 4,045. No acumulado de 2019, a moeda subiu 3,5%, e no segundo semestre teve alta de 4,5%. No quarto trimestre, o dólar caiu 3,4%, e em dezembro, o dólar recuou 5,4%.