AJUSTE POSITIVO

FMI melhora previsão para crescimento da economia brasileira em 2025

Por outro lado, Fundo Monetário Internacional prevê redução do PIB em 2026 com impacto do tarifaço dos EUA

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Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima a projeção de crescimento do economia do Brasil em 2025, mas reduziu a expectativa para 2026. O ajuste reflete o impacto das novas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, que afetam diretamente as exportações nacionais.

Segundo o relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO), divulgado nesta terça-feira (14), o FMI espera que a economia brasileira cresça 2,4% em 2025, alta de 0,1 ponto percentual em relação à previsão de julho. Para 2026, no entanto, o Fundo reduziu a estimativa de expansão para 1,9%, 0,2 ponto percentual abaixo da projeção anterior.

O FMI observa que a economia brasileira começa a dar sinais de moderação, diante de políticas monetárias e fiscais mais restritivas. Ainda assim, o país deve avançar em linha com o crescimento médio da América Latina e Caribe, projetado em 2,4% tanto para 2025 quanto para 2026. Em comparação, o grupo de mercados emergentes e em desenvolvimento deve registrar expansão de 4,2% e 4,0%, respectivamente.

Inflação e emprego

O Fundo também revisou para cima suas projeções para a inflação brasileira, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A expectativa é de que o indicador suba para 5,2% em 2025, frente a 4,4% no ano anterior, e desacelere para 4,0% em 2026.

De acordo com o FMI, a inflação permanece acima da meta do Banco Central devido às incertezas fiscais, mas a recente valorização do real pode ajudar a aliviar a pressão de preços no fim de 2025.

O relatório ainda prevê leve aumento no desemprego. A taxa deve passar de 6,9% em 2024 para 7,1% em 2025 e alcançar 7,3% em 2026, refletindo a desaceleração esperada da atividade econômica.

Com o novo cenário, o Brasil deve manter um ritmo de crescimento moderado, condicionado ao impacto das tarifas norte-americanas e à condução da política fiscal doméstica.