Economia

Governo contesta previsões de crescimento econômico abaixo de 1% em 2022

Atualmente, o Ministério da Economia espera que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 5,3% neste ano e 2,5% no ano que vem

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Foto: Pixabay

O Ministério da Economia contestou as previsões de que a economia crescerá menos de 1% em 2022, afirmando que este cenário é difícil de justificar “com base no cenário fiscal atual e na ausência de uma crise hídrica ou de uma piora na pandemia”.

“Riscos existem, notadamente o risco hidrológico e a pandemia, mas na ausência de piora destes fatores e continuando com o processo de consolidação fiscal e reformas pró-mercado os indicadores atuais nos levam a concluir, com o conjunto de informações atualmente disponível, por um crescimento do PIB acima de 2% em 2022”, disse o governo em nota.

Atualmente, o Ministério da Economia espera que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 5,3% neste ano e 2,5% no ano que vem. As projeções estão acima do que preveem especialistas econômicos e instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus, que estimam alta de 5,04% em 2021 e de 1,63% em 2022. O Ministério da Economia disse que uma estimativa que considere crescimento de menos de 1% para o PIB em 2022 teria de prever contração média de 0,1% por trimestre, o que significa que a premissa desta previsão é uma “queda significativa do PIB em algum trimestre ou uma nova recessão no próximo ano”.

“É fato que há uma redução do crescimento do PIB potencial nos últimos anos, no entanto, deve-se notar que o cenário de crescimento mais baixo em 2022, inferior a 1%, difere do que foi realizado no período de 2017-19”, quando foi registrado a última recessão econômica no Brasil. Segundo o ministério, naquele período a variação trimestral do PIB foi de em média 0,4% para os três anos.

“O destaque positivo é em 2017 que teve crescimento médio de 0,6%, enquanto em 2018 foi de 0,4%. Considerando a mediana destes cenários, o crescimento para o próximo ano ficaria entre 1,7% a 2,2%.” O documento do governo acrescentou que “a qualidade de crescimento atualmente é mais elevada do que em recuperações passadas apresentando menor direcionamento estatal de recursos e aumento da participação do crédito livre nos financiamentos.

As reformas voltadas para o aumento da produtividade visam desenhar marcos regulatórios de modo a aumentar segurança jurídica, indispensável para novos investimento”.