Economia

Governo reduz projeção do PIB de alta de 0,02% para queda de 4,70%

Segundo ministério, a revisão para baixo do crescimento econômico está relacionada aos efeitos do novo Coronavírus na economia mundial

PIB, dados
Foto: Agência Brasil

o passou a prever contração no crescimento da economia em 2020. Segundo as estimativas do governo, o
crescimento real da economia em 2020 deve ser negativo em 4,7%, uma inversão da expectativa anterior que previa estabilidade no crescimento da economia neste ano. Os dados foram divulgados pelo ministério da Economia.

Segundo ministério, a revisão para baixo do crescimento econômico está relacionada aos efeitos do novo Coronavírus na economia mundial. “A interrupção de atividades produtivas e de consumo terá necessariamente um
impacto profundo sobre o crescimento do PIB de 2020. Diante disso, as projeções de crescimento foram revisadas fortemente para -4,7% ante a última divulgação de 0,0%”

A previsão da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim deste ano também diminuiu, de 3,12% para 1,77%. A estimativa para a inflação medida via Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC) também caiu, de 3,28% para 2,45%. A estimativa via Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) – teve alta de 3,66% para 4,49%.

A previsão para crescimento em 2021 também foi alterada de 3,30% para 3,20%. A inflação prevista para 2021 é de 3,30, o INPC é de 3,50% e o IGPDI de 4%.

 Mesmo com recuperação em ‘V’, PIB encolheria 0,9% em 2020

O PIB brasileiro deve encolher 0,9% em 2020 no cenário mais otimista desenhado pelo Ministério da Economia, e encolher 6,2% no pior cenário, que prevê também uma redução na capacidade de recuperação em 2021.

As estimativas partem da premissa de que o isolamento social durará até o final deste mês – ou seja, os resultados podem ser ainda mais fracos caso a quarentena se estenda para além deste período.

O Ministério da Economia também embutiu nas projeções a possibilidade de a demora na retomada da atividade causar dano permanente à capacidade de recuperação brasileira por causa “do impacto no endividamento da economia, e da falência de empresas e destruição de empregos.”