Economia

IGP-DI fecha 2022 com alta de mais de 5%

Segundo a Fundação Getulio Vargas, o índice avançou 0,31% em dezembro

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,31% em dezembro, após uma redução de 0,18% em novembro, divulgou nesta sexta-feira (6) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do indicador veio abaixo da mediana de 0,40% das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de 0,23% a 1,26%.

+ PIB do RS sobe no 3º trimestre de 2022

Com o resultado do mês passado, o IGP-DI acumulou uma elevação de 5,03% no ano de 2022 (ante 17,74% em 2021). As expectativas iam de 4,92% a 6,00%, com mediana de 5,13%.

A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve elevação de 0,32% em dezembro, ante uma redução de 0,43% em novembro. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, subiu 0,35% em dezembro, após alta de 0,57% em novembro. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 0,09% em dezembro, depois da alta de 0,36% em novembro.

No ano de 2022, o IPA-DI subiu 4,70%; o IPC-DI aumentou 4,28%; e o INCC-DI avançou 9,28%. O período de coleta de preços para o índice de dezembro foi do dia 1º ao dia 31 do mês.

Gasolina impacta no IGP-DI de dezembro

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Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A queda de 1,21% no preço da gasolina liderou o ranking de itens que contribuíram para desacelerar a inflação no varejo medida pelo IGP-DI) de dezembro.

Dentro do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas:

  1. Transportes (de 0,92% em novembro para -0,07% em dezembro);
  2. Alimentação (de 1,06% para 0,73%);
  3. Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,89% para 0,55%);
  4. Habitação (de 0,43% para 0,31%); e
  5. Despesas Diversas (de 0,20% para 0,03%).

Houve impacto dos itens: gasolina (de 2,28% para -1,21%), hortaliças e legumes (de 11,45% para 5,17%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 1,66% para 0,32%), tarifa de eletricidade residencial (de 1,56% para 0,43%) e cigarros (de -0,15% para -0,68%).

Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Educação, Leitura e Recreação (de -0,74% para -0,07%), Comunicação (de -0,35% para 0,74%) e Vestuário (de 0,76% para 0,87%), influenciados pelos itens: passagem aérea (de -3,65% para -1,05%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de -0,53% para 0,96%) e roupas (de 0,89% para 1,09%).

Núcleo do IPC-DI

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Foto: Agência Brasil

O núcleo do IPC-DI passou de alta de 0,27% em novembro para elevação de 0,29% em dezembro. Dos 85 itens componentes do IPC, 36 foram excluídos do cálculo do indicador. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 67,42% em novembro para 71,29% em dezembro.

O núcleo do IPC-DI é usado para mensurar tendências e calculado a partir da exclusão das principais quedas e das mais expressivas altas de preços no varejo. Ainda de acordo com a FGV, o núcleo acumulou uma elevação 6,16% no ano de 2022.

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