Agronegócio

Mercado de caminhões deve sofrer queda de 14% em 2020, diz consultor

Setor vem registrando baixa nas vendas desde o fim de março e espera recuperação no segundo semestre, mas ainda deve ficar aquém do ano passado

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Vendas de caminhões começaram a cair a partir de março. Foto: Pixabay

Tudo ia bem para o mercado de caminhões. O ano começou com alta nas vendas entre janeiro e fevereiro, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Na primeira quinzena de março, os negócios continuavam elevados. Até que veio a crise causada pelo coronavírus e fez o mercado despencar. 

Com a determinação do afastamento social e o fechamento de várias atividades, a queda foi inevitável. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), no mês passado, as vendas de caminhões caíram 15% em relação mesmo período de 2019. A produção e as vendas em abril devem ficar bem abaixo do previsto antes da crise.

Segundo o consultor automotivo Ronaldo Lima, a expectativa é de que o mercado volte a crescer a partir do segundo semestre. Mas, mesmo assim, o resultado final será aquém do ano anterior. “Estamos projetando que o fechamento de 2020 tenha uma queda de 14% nos volumes de vendas, quando comparado ao realizado em 2019. Mas tudo está muito dinâmico e nossa recomendação é fazer um monitoramento dos diversos segmentos de mercado para fazer os ajustes adequados nos volumes projetados”, diz.

Vale a pena trocar de caminhão?

Ronaldo Lima afirma que substituir os veículos fabricados há mais de cinco anos é uma alternativa para reduzir os custos de manutenção e aumentar os lucros nas entregas. “Esses veículos têm custos operacionais crescentes e a substituição por veículos zero quilômetro é determinante. Aliás, um tema muito apropriado neste momento em que todos buscam redução de despesas”.