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Dólar em queda: Fatores de risco perderam força, diz economista

Segundo Celso Toledo, a moeda americana deve continuar próxima de R$ 4; veja por quê

O dólar atingiu o menor valor desde o início de novembro nesta segunda-feira, 16, a R$ 4,06. Lembrando que, no mês passado, o câmbio bateu recorde vários pregões seguidos e a moeda americana chegou a R$ 4,25.

Segundo o economista Celso Toledo, uma série de fatores de risco que estavam pressionando o mercado internacional perderam força ou foram dissipados neste meio tempo. “Estados Unidos e China se acertam no curto prazo, as incertezas quanto ao Brexit [saída do Reino Unido da União Europeia] diminuíram com o Boris Johnson tocando o processo, o medo de recessão global diminuindo e o Brasil bem ou mal crescendo; tudo explica a queda”, diz.

Por outro lado, Toledo afirma que o dólar deve ficar perto de R$ 4, patamar que tem certo suporte já que, segundo ele, o real já não é uma moeda que oferece juros altos. “O diferencial de taxas em relação a outros países emergentes caiu muito, isso faz com que o câmbio se deprecie de forma boa”, diz.

O economista destaca que as eleições presidenciais americanas, em 2020, devem trazer grande volatilidade ao mercado, e pior: este ano será totalmente atípico. “Há coisas acontecendo pela primeira vez, como a chance do Donald Trump perder a eleição mesmo com a economia boa”.

Segundo Toledo, o fato do atual presidente ser uma pessoa polêmica está dividindo o eleitorado. “Ele pode perder no voto popular e ganhar nos colegiados eleitorais”, menciona. O fato já aconteceu nas eleições de 2016.