Dionísio Santana trabalhou como representante comercial durante 25 anos. Mas, dezoito anos atrás, decidiu abandonar a profissão e realizar o sonho de viver da produção de jabuticabas, fruta tipicamente brasileira.
“Só de estar trabalhando em uma sombra, deliciando-me com o campo, é uma satisfação. Não tem dinheiro que pague você colher no pé e degustar. É muito bom”, diz. Atualmente, ele ganha o mesmo valor que recebia quando trabalhava para uma empresa.
A iniciativa também acabou ajudando muitas famílias de agricultores de Santo Antônio do Leverger, em Mato Grosso. “Tem uma senhora que colhe oito caixas de jabuticabas, são 80 quilos. Ela leva R$ 80 até meio-dia”, conta.
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Cerca de 85% da produção é vendida no comércio de Cuiabá (MT), conta Santana. “A minha comercialização vai, em 90% dos casos, para feirantes. Teve pé que chegou a me dar R$ 300”. Além das jabuticabas, ele também planta mamão, banana e goiaba.
Apesar dos bons resultados, o produtor sente falta da assistência técnica. “Eu precisava de orientação, um agrônomo para dizer o que podemos fazer. O nosso estado é pobre em agrônomo capacitado em fruticultura”, lamenta.