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RS: Defesa Agropecuária recebe R$ 613 mil no combate a gafanhotos

Argentina monitora algumas nuvens de gafanhotos e uma delas poderia se aproximar do Brasil nas próximas semanas; entenda a situação

Por onde andam as nuvens de gafanhotos que atormentam os produtores argentinos? De acordo com o Serviço Sanitário da Argentina (Senasa), as nuvens estão sendo monitoradas. Enquanto isso, os fiscais da Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul continuam em alerta e receberam uma ajuda financeira do Ministério da Agricultura.

O ministério liberou nesta terça, 11, R$ 613 mil para o controle e monitoramento dos insetos. Segundo a regional da pasta no Rio Grande do Sul, o estado está preparado caso haja a entrada dos gafanhotos em território brasileiro.

“Ontem, dia 11 de agosto, foi publicado no Diário Oficial da União, a formalização da descentralização do recurso já anunciado, com relação ao controle de gafanhoto. É uma formalização, através do termo aditivo, ao nosso atual convênio com a secretaria da Agricultura do Estado, no qual foi repassado pouco mais de R$ 613 mi, destinados às ações de controle das nuvens de gafanhoto, caso essas ingressem no estado do RS, apesar de a primeira nuvem, que se encontra na divisa da Argentina com o Uruguai, já estar controlada. Cinco nuvens encontram-se em deslocamento, em movimentação, no interior da Argentina. Então, elas apresentam um potencial de risco para o Brasil e, principalmente, para o Rio Grande do Sul. O Senasa, na Argentina, está fazendo um grande trabalho. Os técnicos do Rio Grande do Sul, do Ministério da Agricultura, estão em contato permanente com os técnicos do Senasa”, disse a superintendente do Mapa no Rio Grande do Sul, Helena Rugeri.

De acordo com o fiscal estadual agropecuário Juliano Ritter, a primeira nuvem, de fato, foi exterminada. A segunda, que surgiu no Paraguai e foi para a Argentina, dividiu-se em duas e está na região de Santiago Del Estero. “ Uma das partes desta nuvem está a 480 km do Rio Grande do Sul e é a nuvem mais próxima do estado, atualmente.  Ainda temos a nuvem número 3, no Chaco. A número 4, em Tucumãn. A nuvem 5, em Salta. A nuvem número 6, eles acreditam que tenha se agrupado com a nuvem número 5”, explicou.

A nuvem que oferece mais perigo ao Brasil depende dos ventos para poder percorrer essa distância. Segundo Ritter, o Senasa está enfrentando dificuldades no combate por caso do avanço da Covid-19 na Argentina. “Eles não podem andar livremente dentro da Argentina, não conseguem acompanhar as nuvens  como gostariam e, assim, ficam com extrema dificuldade de demarcação de locais e possibilidade  de controle. Até agora, não foram reportados grandes danos, alguns danos em trigo”, completou.