Política

‘Se Trump não ameaçar revide ao Irã, preço do petróleo deve se estabilizar’

De acordo com a consultora de relações internacionais da BMJ Consultores, Verônica Prates,  o fornecimento de petróleo pode ser prejudicado se as tensões prosseguirem

O mercado internacional está  cauteloso após o Irã atacar bases norte-americanas no Iraque com mísseis nesta terça-feira, 7. Trump chegou a dizer em uma rede social que estava “tudo bem” e o chanceler do Irã afirmou que não quer guerra, mas que o país vai se defender.

Na manhã desta quarta, 8, o petróleo operava em queda. No entanto, após a retaliação iraniana, o barril avançou mais de 4% no mercado internacional. 

De acordo com a consultora de relações internacionais da BMJ Consultores, Verônica Prates,  o fornecimento de petróleo pode ser prejudicado se as tensões prosseguirem e é por causa desse temor que o mercado opera em volatilidade. A expectativa, no entanto, é de normalização após o pronunciamento do presidente Donald Trump.

“A reação norte-americana foi de que o ataque foi uma reação proporcional do Iraque, que inclusive era esperada. A expectativa é de que, com uma reação normal dos EUA, sem revide, o preço do petróleo volte a se estabilizar”, disse.

Segundo Verônica, esse momento do conflito entre os dois países é um pico de uma relação que já está desgastada há muitos anos. No entanto, como os dois lados já demonstraram, uma guerra não seria interessante para ninguém. “Por parte dos EUA não há interesse, e o próprio Irã falou a mesma coisa. De toda forma, estamos lidando com grupos armados não governamentais, que são bem mais imprevisíveis”, disse.

Brasil

Olhando do ponto de vista de exportação, o impacto que pode surgir é com o agravamento das relações é no agronegócio. Além de afetar acordos comerciais, segundo a especialista, pode mexer no valor do frete por causa do petróleo e uma possível degradação econômica do Irã poderia enfraquecer um importante parceiro comercial brasileiro.