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'É o 2º maior patamar na exportação de frango', diz analista; veja entrevista

China e países árabes puxaram a alta nos embarques de carne avícola, que em julho chegaram ao maior nível desde 2018

Os embarques de frango atingiram a maior quantidade desde julho de 2018, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Quem comenta essa informação é o analista de mercado Luiz Gustavo Susumu.

“O que acontece é que as exportações para a China continuam muito aquecidas, a gente sabe que o país vem se destacando na compra de todas as carnes produzidas no Brasil. Em julho, se destacou bastante na importação de frango — a China ainda não se recuperou de uma queda na produção de carnes, de modo geral, então tem dependido bastante da importação de países como os EUA e o Brasil. Outro fator importante para o aumento nos embarques de frango brasileiro são os países árabes, principalmente a Arábia Saudita e os Emirados Árabes, que vinham numa tendência de diminuir a compra de carne de frango brasileira, mas em julho tiveram um aumento muito significativo. Por isso, chegamos ao segundo maior patamar histórico nas exportações.”

Mercado interno

“A carne de frango tem se sobressaído diante às demais, o mercado interno está aquecido. A gente sabe que o poder de compra da população foi bastante afetado por conta da pandemia, e a carne de frango sai mais em conta para o consumidor. O consumo doméstico está alto, a demanda está muito aquecida, mesmo quando o preço aumenta, a demanda absorve a alta, então temos observados recordes de preços nominais.”

Covid-19

“O setor está otimista com as medidas de flexibilização das medidas de isolamento do Covid-19, principalmente na cadeia de restaurantes e bares, que foram bastante afetadas com as medidas.”

Preços altos

“Para o produtor, o preço do frango vivo está subindo ininterruptamente. Já faz meses que o preço do frango vivo vem aumentando, tentando acompanhar o custo de produção, pois a gente sabe que por conta do milho e do farelo tem aumentado bastante. Acreditamos que deve continuar aumentando, embora menos do que antes, pois chegamos a patamares recordes de preços. Pode ser menos intenso, mas deve continuar nessa tendência de alta.”