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– Por isso o governo tem investido em políticas e programas como Leite Gaúcho e Agroecologia de Base Ecológica, que agregam mais valor e estimulam a permanência dos jovens no campo – afirmou Scapini.
Mesmo com todas as políticas, programas e leis incentivando a permanência no meio rural, nas últimas décadas a tendência tem sido os jovens, independentemente de gênero, saírem da propriedade dos pais em busca de melhores condições de vida e de trabalho nas cidades.
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– A mecanização também contribuiu para destruir toda a forma de produção que não estava focada na produção de grãos – lembra Scapini.
O secretário destacou que o governo estadual tem atuado para fortalecer o novo perfil do agricultor familiar.
– Agora, o agricultor tem que pensar em produzir, comercializar e agregar valor à produção. A consequência pode ser a maior presença dos jovens no campo – diz.
A Associação Gaúcha das Escolas Familiares Agrícolas participou do debate. O diretor executivo da entidade, Adair Posebom, alertou para uma das consequências do esvaziamento da população do campo: “Vamos ter reflexos enormes nas cidades com a falta de alimentos”. Posebom enfatizou a necessidade de educação e agricultura estarem unidas.
– Educação no campo é um direito, e não podemos aceitar que escolas rurais sejam fechadas – salientou.
Ele lembrou que, ainda este ano, uma lei federal foi publicada com o propósito de impedir que escolas rurais tenham as atividades encerradas.
