A 27ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (COP27) encerrou seus painéis e suas discussões nesta sexta-feira (18). Realizada em Sharm El Sheikh, no Egito, o evento contou com presença de autoridades e especialistas de todo o planeta — incluindo acadêmicos brasileiros. Um deles foi Daniel Vargas, coordenador de pesquisa do Centro de Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro), que chamou a atenção para discussões sobre a descarbonização da produção.
Em conversa com o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, Vargas afirmou que, em linhas gerais, para deixar as discussões e passar a valer na prática, o trabalho em prol de uma economia com menos carbono passa por três pilares: fontes de financiamento, implementação de novas tecnologias e capacitação de produtores rurais e empresas.
“Chegou a hora de trabalhar e de começar a construir as condições para que essas metas se traduzam em políticas reais” — Daniel Vargas
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“No passado, o mundo se comprometeu a estabelecer metas, objetivos e ambições para reduzir as emissões. Agora, chegou a hora de trabalhar e de começar a construir as condições para que essas metas se traduzam em políticas reais”, afirmou o coordenador de pesquisa da FGV Agro. Sem dinheiro e também sem aparatos tecnológicos à disposição, “é muito difícil de se imaginar” que políticas nesse sentido irão se desenvolver, apontou.
Capacitação em favor da descarbonização
“Muita gente fala de transição verde, mercado de carbono, mensuração, mas, na prática, a maior parte dos produtores e das empresas tem dificuldade de entender o que é isso exatamente”, avaliou Vargas. Para isso, esse desconhecimento teria de ser resolvido com treinamentos, projetos de capacitação.
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