Na última sexta-feira (21), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) enviou uma equipe de 42 especialistas para uma importante missão humanitária no Canadá, que terá duração de 30 dias. O objetivo é combater os incêndios florestais que têm assolado as cidades de Chilliwack, Abbotsford e Prince George, na Columbia Britânica, onde mais de 3,3 milhões de hectares foram consumidos pelo fogo descontrolado.
A delegação brasileira é composta por 102 combatentes, sendo que 9 deles são brigadistas indígenas da etnia Xerente, dez são quilombolas e o restante são profissionais que atuam em diversos biomas, inclusive regiões montanhosas.
A diversidade de conhecimentos foi uma estratégia adotada para enfrentar as particularidades do território canadense, que diferem das encontradas no Brasil.
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‘Fogo não fala inglês, francês ou português’
“O trabalho será importante para a troca de experiências entre os profissionais que atuam em incêndios de grandes proporções. Quando se fala em ajuda, não há fronteiras. O fogo não fala inglês, francês ou português. E nós estamos muito felizes em poder ajudar, nesse momento, o Canadá que enfrenta um dos maiores incêndios florestais do país”, ressalta o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.
A iniciativa marca a maior missão humanitária já realizada pelo Brasil e está sob a coordenação da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, sendo totalmente custeada pelo governo canadense.
Além dos profissionais do Ibama, a comitiva conta com membros do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), representantes dos ministérios do Meio Ambiente e da Integração, tropas da Força Nacional de Segurança e bombeiros militares do Distrito Federal e de diversos estados brasileiros. Todos unidos em uma força-tarefa para conter a devastação causada pelo fogo e contribuir com a preservação do meio ambiente canadense.
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