A empresa canadense Nutrien, maior produtor de potássio e o terceiro maior de fertilizantes nitrogenados do mundo, disse que a invasão da Ucrânia pela Rússia pode resultar em interrupções prolongadas no fornecimento global de potássio e nitrogênio.
O presidente-executivo interino, Ken Seitz, disse que a Nutrien aumentará a produção de potássio se observar problemas de fornecimento persistentes na Rússia e na Bielorrússia, o segundo e terceiro maiores países produtores de potássio do mundo depois do Canadá.
Os EUA, a União Europeia e outros países impuseram sanções econômicas contra a Rússia, medidas que podem prejudicar suas exportações de gás natural, potássio e nitrogênio.
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A Bielorrússia, aliada da Rússia, já está sujeita a sanções europeias e norte-americanas que restringiram suas exportações de potássio.
A guerra da Rússia contra a Ucrânia também levantou preocupações sobre problemas de abastecimento de trigo, milho e óleo vegetal na região do Mar Negro, elevando os preços mundiais. “Provavelmente podemos ver uma interrupção mais prolongada no fornecimento (de potássio) dessa parte do mundo”, disse Seitz em uma conferência de investidores da BMO Capital Markets.
“Estamos olhando muito de perto, se isso for sustentado, como vamos implantar mineradores e abrir terreno de uma maneira muito prática e pragmática” ele adicionou.
A Nutrien espera vender até 14,3 milhões de toneladas de potássio neste ano, a maior de todos os tempos, e disse que está considerando uma expansão adicional.
As exportações agrícolas brasileiras são especialmente vulneráveis à escassez de fertilizantes, sendo a Rússia um importante fornecedor.
A agressão da Rússia também prejudicou suas exportações de fertilizantes nitrogenados. Os preços do gás natural europeu, um insumo fundamental para a produção de nitrogênio, subiram na semana passada, muito acima dos preços norte-americanos.
“Vamos operar nossas fábricas, deixá-las em funcionamento”, disse Seitz. “Poderíamos ver interrupções nas exportações para fora da Rússia? Sim. Podemos ver o fechamento de fábricas? Podemos.”, concluiu.
