Mato Grosso

Centro-Oeste: alta dos custos de produção e cigarrinha preocupam 2ª safra de milho

Em Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul o custo de produção do milho já passou de R$ 4 mil por hectare

Na região centro-oeste, de onde sai mais da metade de todo milho produzido no Brasil, a alta dos custos de produção e a maior incidência da cigarrinha são motivos de preocupação para a segunda safra do grão. Em Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul o custo de produção do cereal ultrapassou os R$ 4 mil por hectare.

No Mato Grosso do Sul devem ser plantados na safra 2022/23 cerca de 2,2 milhões de hectares e as perspectivas em termos de produtividade são de 90 sacas por hectare, conforme o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do estado, André Dobashi.

O presidente da Aprosoja-MS pontua que os números estão constantemente em análise, inclusive no que diz respeito ao custo de produção. “Ele parte da casa dos R$ 4 mil, R$ 4,8 mil por hectare. Mas, dependendo dos insumos pode ficar muito acima disso”, diz Dobashi.

Em Mato Grosso não é diferente, segundo o presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore.

“O custo da soja passou de R$ 7 mil e no milho de R$ 4 mil. Sem dúvida nenhuma a rentabilidade já começa comprometida em função desse aumento generalizado dos custos”.

Apesar dos custos elevados, na avaliação de Cadore a safra 2022/23 terá como ponto positivo a demanda, uma vez que o consumo, através das indústrias de etanol, vem crescendo gradualmente.

Cigarrinha do milho preocupa quem faz segunda safra

O vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Zilto Donadello, destaca que a cigarrinha do milho é outro ponto que vem preocupando os produtores do centro-oeste, em especial os de Mato Grosso.

“O milho primeira safra, em especial no estado de Mato Grosso, causa certo pavor aos demais produtores quanto a questão da cigarrinha. A gente pede que quem for de fato realizar o plantio da primeira safra que faça um bom controle para que não afete a segunda safra”, diz Donadello.

Goiás aguarda chuvas para acelerar a soja

As plantadeiras de soja em Goiás atingiram boa parte da área de soja, porém tiveram de ser desligadas nos últimos dias em virtude da ausência de chuvas.

“Apesar de nas duas últimas safras Goiás ter sofrido com secas fortes, a expectativa deste ano é melhor. Semeamos uma parte de Goiás, mas estamos parados com a seca. Mas, ainda está dentro da janela e o produtor vai conseguir fazer o plantio da soja na expectativa de fazer uma grande segunda safra de milho”, comenta Bartolomeu Braz, produtor no estado.

 

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